sexta-feira, 20 de abril de 2012

Serra do Caraça Bier Fest receberá mestres cervejeiros em Catas Altas

Catas Altas

O Cervejeiro Marco Falcone, sócio da Cervejaria Falke Bier, Sommelier de Cervejas pela Doemens Akademie de Munique e Senac/SP, Diretor do Sindbebidas/Fiemg, Presidente do Conselho da Acerva / MG e membro do NEC - Núcleo de Estudos da Cerveja estará participando com a Falke Bier no Serra do Caraça Bier Fest.

O evento que tem seu ponto culminante no sábado, 21, além das melhores cervejas artesanais, terá o fino do Blue e do Jazz e ainda as delícias da culinária catasaltense.

Marco fala com prazer do assunto. Segundo ele a evolução da cultura cervejeira no Brasil é uma realidade em progressão. "As cervejas especiais têm despontado na preferência dos consumidores mais exigentes, ocupando um espaço no imaginário dos que anseiam por prazeres sensoriais e gastronômicos", comenta.

Restaurantes sofisticados, bares diferenciados, encontros temáticos onde degustações e harmonizações dirigidas surpreendem e encantam a todos pela sofisticação e prazer - motivos para deliciar das boas cervejas artesanais.

É a cerveja reassumindo sua importância no cenário da civilização humana, invadindo o Brasil, depois da alta valorização na Europa, com o "craft beer renaissance" (o renascimento da cerveja artesanal), e nos Estados Unidos, com o "the microbrewery revolution" (a revolução das micro cervejarias).

Vários personagens despontam no momento em que os produtores de matérias primas, microcervejarias e finalmente as casas de cultura cervejeira, entregam ao consumidor o produto de toda esta cadeia produtiva.

As grandes cidades, inicialmente tem sido o arauto desta expansão, mas a possibilidade de atingir novas fronteiras estão viabilizando a chegada desta cultura a nossos destinos turísticos.

"Vemos o Serra do Caraça Bier Fest, em Catas Altas como um exemplo da expansão da cultura cervejeira e consequentemente das cervejas especiais. Cervejas de alta qualidade sendo degustadas e harmonizadas em ambiente de alta gastronomia, em um dos mais belos locais do planeta", concluiu o mestre cervejeiro.

O evento, dia 21, tem início às 10:30 horas e acontece na praça Monsenhor Mendes e onde em uma grande tenda estará sendo comercializado os especiais chopp´s das cervejarias Backer, Falke e Krug bier.

Os restaurantes La Violla, Histórias Taberna e Draper irão comercializar cervejas especiais de Minas Gerais com saborosos petiscos e pratos elaborados especialmente para o evento a partir das 11:00 da manhã.

A cobertura do evento ficará por conta do Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba e site Cidademais.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Programa Trilhas e Sabores da Rede Minas

Mais uma vez, o Trilhas do Sabor apresenta o universo cervejeiro, que vai muito além daquele explorado pelos comerciais. A cerveja pode (em certos casos deve) ser tomada em temperatura ambiente e por vezes tem sabores sutis de mel, gengibre, café e até frutas amazônicas.
Neste programa, Rusty Marcellini visitou três cervejarias artesanais de Belo Horizonte e uma loja de conveniência onde são vendidas cervejas do mundo inteiro.



quarta-feira, 11 de abril de 2012

Consumidor refinado é público-alvo de cervejarias artesanais


Fonte: Site Terra em 11/04/2012
Foto: Divulgação
A Amazon Beer, cervejaria artesanal de Belém (PA), produz seis estilos de cervejas


O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de cerveja, com 10,3 bilhões de litros por ano e consumo per capita de 57 litros - o que dá meio copo por dia por pessoa. Em um mercado dominado pelas grandes marcas, as microcervejarias também têm encontrado seu lugar para crescer. As mais de 200 plantas de pequenos fabricantes já representam 4,5% do setor. E, dentro delas, um nicho chama atenção: o de cervejarias artesanais. "Elas representam apenas 1% de todo o mercado cervejeiro nacional. Há muito espaço ainda para crescer", afirma José Gitlzler, diretor executivo da Associação Gaúcha de Microcervejarias (AGM).

De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv), o País só perde em volume de consumo para a China (35 bilhões de litros por ano), os Estados Unidos (23,6 bilhões de litros por ano) e a Alemanha (10,7 bilhões de litros por ano).

Uma das características da cerveja artesanal é que ela contém mais cevada do que as cervejas industriais. "O malte, ou cevada, é um insumo caro, por isso as indústrias economizam o quanto podem", diz Gitlzler. De fato, isso pesa no bolso: o preço da cerveja artesanal é pelo menos o dobro da convencional. Mas o valor não encarece apenas por causa da maior utilização de cevada: a logística e a estrutura menor também contribuem para a elevação dos preços.

Outra diferença é que enquanto as indústrias trabalham com apenas um estilo de cerveja, a pilsen, as artesanais contam com mais de 80 estilos catalogadas. "É uma cerveja de mais sabor e qualidade", garante o executivo da AGM.

No Brasil, a maior parte das cervejarias é de micro ou pequeno porte e já existem cerca de 200 em todo o território nacional. Há desde as que vendem 200 litros por mês quanto aquelas que comercializam 2 mil litros. "Existe uma predominância no Sul do País, devido às raízes europeias, mas não dá para afirmar que isso configura uma concentração", pondera Gitlzler.

O público que consome esse tipo de cerveja é diferente do que ingere a bebida tradicional. "São consumidores com estabilidade financeira e que já viajaram para o exterior. Conhecem outros lugares em que a cerveja artesanal é consumida com mais frequência", afirma Gitlzler. A venda em supermercado ainda é incipiente, mas já começa a tomar corpo, segundo o executivo.

Há 12 anos no setor, a Amazon Beer, de Belém (PA), é uma cervejaria artesanal que vem crescendo a um patamar de 20% ao ano. Em 2011, a empresa faturou R$ 10 milhões. "Temos feito bons números, mas sabemos que a estabilidade está próxima", afirma o fundador, Arlindo Guimarães.

Além da fabricação de seis estilos de cervejas, a Amazon Beer também conta com um bar cervejeiro na capital do Pará - que vende cerca de 30 mil litros da bebida por mês.

"Acredito que com a cerveja artesanal tem acontecido o mesmo que com o vinho há alguns anos. O público consumidor vem crescendo ano após ano e se tornando mais exigente. Não é todo mundo que se identifica com os cantores populares das propagandas das cervejas industriais", comenta Guimarães.

A Bierbaum, localizada em Treze Tílias (SC) e aberta em 2004, foi a primeira microcervejaria do oeste catarinense.

Desafios do setor
Para começar, o investimento inicial em um cervejaria artesanal gira entre R$ 1 milhão e R$ 2 milhões. "Os equipamentos são caros", diz Gitlzler. Além disso, a tributação é alta. No País, tanto as pequenas cervejarias quanto as grandes industrias têm de pagar a mesma quantidade de impostos.

"Cerca de dois terços da produção vão para os impostos. Então, se o empreendedor produz 10 mil litros de cerveja por mês, 4 mil* são só para pagar a tributação financeira. Isso dificulta a expansão do setor", afirma o executivo.

A opinião é compartilhada pelo proprietário da Amazon Beer. Segundo Arlindo Guimarães, com a atual tributação dificilmente o Brasil vai chegar ao patamar de países vizinhos como o Chile, em que as cervejarias artesanais representam 9% do mercado cervejeiro.

"Falta competitividade para o mercado nacional de artesanais. São poucas as empresas que fabricam garrafas e o maquinário exigido, por exemplo", aponta Guimarães.

Cross Content
Especial para o Terra


* Não seriam 6 mil litros o correspondente aproximado a 2/3 de 10 mil?

terça-feira, 10 de abril de 2012

Dez ações que você pode tomar a favor da Cultura Cervejeira

1- Ensine sobre a história, os estilos, sabores e diferenças para quem tem interesse. Passe adiante o que aprendeu.

2- Cervejeiros caseiros, ensinem outras pessoas a fazerem boas cervejas. Incentive o aprimoramento, ajude, chame para participar.

3- Compartilhe cerveja artesanal e caseira sem esperar nada em troca. A melhor cerveja é a compartilhada.

4- Cada um tem o seu gosto, não tente impor o seu. Apenas apresente sua perspectiva sobre cervejas, se for o caso.

5- Beber cerveja é legal, divertido. É um momento de aproximação social e relaxamento. Não perca isto de vista, nunca!

6- Não se prenda em detalhes que formalizam o ato de beber. Copos, temperatura e tudo mais são detalhes legais, mas nem sempre fundamentais. Uma stout quente em copo de plástico numa praça com os amigos pode ser perfeita, muito melhor do que uma quadruppel no copo de cristal sozinho em casa.

7- Estimule o consumo responsável de cervejas.

8- Apresente a cerveja como um braço da gastronomia. Relate os sabores sentidos, as possíveis harmonizações.

9- Apoie as micro-cervejarias que se embasam na cultura cerveja. Incentive e cobre das cervejarias variados estilos e busca pela qualidade.

10- A tradição da cerveja regional vem de milênios. Esteja do lado das cervejarias e bares da sua cidade, do seu estado. Recomende às pessoas, vá aos eventos.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Mercado das Cervejas Premium e Super Premium no Brasil

Basta uma rápida pesquisa na internet com as palvras "cervejas, premium e superpremium" que são várias as publicações em jornais on line e blogs que aparecem. Abaixo, duas compilações, com as fontes devidamente registradas, para nos situar melhor sobre essa revolução cervejeira pela qual o Brasil passa. Tive a curiosidade de não postar publicações de blogs cervejeiros, assim, temos uma visão de quem não é do meio.

Importação de cerveja dobra com mercado premium

Fonte: Diário Inteligência Competitiva e Gestão Estratégica - por Alfredo Passos em 19/02/2012

Holandesas, alemãs, argentinas, uruguaias, belgas… Com a ajuda do câmbio, o Brasil duplicou as importações de cervejas em 2011.

Entraram no país 44,4 milhões de litros, aumento de 101% em relação a 2010. Em receita, a expansão foi de 118%, para US$ 40,6 milhões (cerca de R$ 70 milhões).

Os dados, do Ministério do Desenvolvimento, consideram o segmento de cervejas especiais (“superpremium”) e premium importadas pelas indústrias -diferenciadas, mas ainda voltadas ao consumo de massa.

A Holanda, terra natal da Heineken, é responsável por 47% do volume. Apesar de produzir a marca em Jacareí (SP), o aumento da demanda fez a companhia importar.

“Para aproveitar oportunidades de mercado, importamos em algumas ocasiões”, diz Bernardo Spielmann, gerente de marcas premium da Heineken no Brasil.

Além das “emergências”, a Heineken importa, regularmente, embalagens diferenciadas, como o barril de 5 litros. Em Jacareí, produz long neck, lata e garrafa de 600 ml.

Para suprir a demanda com produção local, a empresa estuda produzir Heineken em outras fábricas -no total, são oito no país, das quais saem outras marcas- ou construir uma nova unidade.

“Vamos buscar local para uma nova fábrica”, diz Isidro Neto, diretor de logística da unidade de Jacareí.

Em 2011, o volume de vendas da Heineken no Brasil cresceu 87%. A participação de mercado, porém, avançou pouco, de 8,5% em janeiro para 8,7% em dezembro.

A expansão da empresa demora a refletir nos dados gerais porque o segmento premium ainda representa pouco do total, em torno de 5%. O superpremium é 1%.

Em outros mercados, como EUA e Europa, as cervejas premium representam de 15% a 20% do total, enquanto as especiais ficam com 4%.

SUPERPREMIUM

Apesar de a maior parte das cervejas importadas ser comercial -como a Heineken e a Norteña, da Ambev, o segmento superpremium é o que mais cresce no país.

Em 2011, as vendas subiram 20%, ante 3% do mercado em geral, segundo o consultor Adalberto Viviani. “Com a classe C consumindo as marcas líderes, as classes A e B buscam diferenciação.”

Segundo estimativas conservadoras, o mercado premium deve duplicar em dez anos. Viviani arrisca dizer que, em cinco, o Brasil terá perfil de mercado maduro.

O país dá mostras de que está a caminho. É hoje o décimo importador da alemã Erdinger e o nono comprador da holandesa La Trappe, segundo Marcelo Stein, diretor da importadora Bier & Wein.

Para Stein, a busca por cervejas especiais no autosserviço, como mercados e empórios, prova que o brasileiro abraçou a cultura cervejeira.

Segundo ele, há dez anos o autosserviço representava 10% das vendas da Bier & Wein. Hoje, a fatia é de 45%.

“Montamos uma estratégia para esse mercado a partir da demanda de clientes, que procuravam cervejas provadas em viagens”, diz Robson Grespan, responsável por importações do Pão de Açúcar.

Em um ano, o grupo duplicou o número de rótulos especiais nas gôndolas, hoje em 120. O crescimento das vendas, já em 2012, é de 90%.

Fontes: TATIANA FREITAS. Colaborou MARIANA BARBOSA, Folha de S.Paulo – Mercado, 19/2/2012


O mercado para cervejas premium e super premium

Fonte: D. D. Consultoria de Negócios em 26/10/2011

O mercado mundial de cervejas é tão variado e sofisticado quanto o de vinhos. Entretanto, enquanto o vinho tem status de produto nobre, com todo um ritual associado a ele, a cerveja só goza de mesmo status nos países desenvolvidos. No Brasil, é historicamente um produto barato, de consumo popular e que é bebido de forma totalmente descompromissada.

Essa realidade vem mudando nos últimos 10 anos. Hoje, o mercado de cervejas premium (as Bohemias e Heinekens) ou as super premium (cervejas artesanais e especiais importadas de pequenas cervejarias) crescem a uma taxa que ninguém consegue precisar mas que deve estar na casa dos dois dígitos. O fato é que o segmento premium já representa 5% do volume total vendido e o super premium fica por volta de 0,5%. Considerando que a produção total brasileira é de 12,5 bilhões de litros, o mercado das cervejas premium e super premium representa nada desprezíveis 700 milhões de litros.

As grandes cervejarias (Ambev, Schincariol e Heineken) representam boa parte da oferta de cervejas premium e entraram com força na super premium. A Inbev, controladora da Ambev, possui mais de 200 rótulos de cerveja em todo o mundo e aos poucos vai trazendo para o país novos produtos que vão desde as populares BudWeiser e Norteña (aqui ainda consideradas premium) até as mais sofisticadas Stella Artois, Leffe, Hoegaarden e Franziskaner. A Schincariol, por ser de capital nacional, optou por uma agressiva estratégia de aquisição de cervejarias artesanais (Baden-Baden, Devassa, Eisenbahn), mantendo os rótulos e estilos originais e agregando marketing e distribuição. A Heineken vai pelo mesmo caminho da Ambev. Seus rótulos são, em sua larga maioria, considerados super premium no Brasil (Amsteel, Birra Moretti, Sol, Dos Equis, e muitas outras).

Este blog é de opinião que o mercado de cervejas premium e super premium continuará crescendo a taxas elevadas à medida em que o paladar brasileiro se habituar aos mais de 80* estilos diferentes de cerveja existentes no mundo, desde as convencionais lager pilsen até as exóticas Lambics, Abbey Dubbel, Bière-de-Garde ou Trapistas. O próprio grupo que controla a D.D Consultoria tem interesses no mercado varejista de alimentos e bebidas e procura por oportunidades associadas a cervejas especiais

Para maiores informações gastronômicas sobre cervejas especiais, consulte o blog: http://worldbeer2.blogspot.com/ 

* Nota: na verdade, são em torno de 150 estilos de cervejas.