quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Mel? Só em 2015!

Fonte: Estado de Minas On Line

A previsão é que somente em 2015 passe a valer a versão final da instrução normativa, prevendo oficialmente o uso de ingredientes como leite e mel na preparação da bebida




A proposta de instrução normativa com a nova fórmula da cerveja será publicada no Diário Oficial da União antes do fim do ano, informou nesta terça-feira o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Com a publicação, fica aberta consulta pública sobre o texto, que ainda deve ser submetido ao Mercosul. A cerveja é um dos produtos cuja receita é harmonizada no grupo. A previsão é que somente em 2015 passe a valer a versão final da instrução normativa, prevendo oficialmente o uso de ingredientes como leite e mel na preparação da bebida. A fórmula foi construída em conjunto com o setor cervejeiro, que se reuniu com o governo em agosto deste ano.

Além da adição de componentes de origem animal, a proposta de instrução normativa trará a possibilidade de substituir o lúpulo, hoje obrigatório, por ervas aromáticas. Na época das discussões, não houve consenso quanto ao pedido do setor privado de redução do percentual de cevada maltada de 55% para 50%. Isso permitiria uma adição maior de cereais baratos, como milho e arroz. A questão não estará na instrução normativa, mas pode ser levantada na consulta pública.

Segundo dados do Ministério da Agricultura, 232 cervejarias e 1.110 tipos de cervejas estão registrados no Brasil. A maior parte é formada por pequenas cervejarias, que pleiteiam uma tributação menor. Por produzir bebida alcoólica, essas empresas não são contempladas pelo Simples Nacional, regime diferenciado para micro e pequenas empresas. Portanto, arcam com o mesmo volume de impostos aplicados aos grandes fabricantes do setor. O Projeto de Lei n° 467/2008 trata do assunto, mas sua tramitação não está avançando no Congresso.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Parece mais não é?

Vejam na reportagem da exame.com uma lista de 10 alimentos que não são o que dizem ser. Entre eles está a "pilsen" de algumas grandes corporações. Clique aqui para conferir a matéria.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Confiram 15 receitas com cerveja!


Confiram a matéria no Cervas Clube sobre 15 maneiras diferentes de se fazer receitas, doces e salgadas, usando a cerveja com ingrediente. Saúde e bom apetite!

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Grimório: um blog especial sobre o mundo cervejeiro!

Diretamente de Gent, Bélgica, Gabriela Montandon passa a compartilhar em seu novo blog suas experiências na "terra da cerveja". Salve aí: "O Grimório da Cerveja". Boas leituras!

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Nem foto, nem vídeo. Mas o resultado é fantástico!

Olha que bacana esse Cinemagraph! Trata-se de um gif, porém a animação é mais trabalhosa e é feita sobre um vídeo em que cada frame é editado separadamente. Confiram outras imagens no Ideafixa.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

BH Expobier agora é Minas Mix Beer

Clique no baner para expandir.

A Cerveja Vinil estará presente no evento no quiosque da Cervejaria Inconfidentes, juntamente com as Cervejas Grimor e Jambreiro. Não percam!

POLO DE CERVEJAS ARTESANAIS É A MAIS NOVA APOSTA DO TURISMO EM BH

Sexta-feira, 23 Agosto, 2013, por: Belo Horizonte Assessoria de Comunicação

O turismo cervejeiro na capital mineira e entorno vem crescendo à medida que o mercado de cervejas artesanais aquece.

A busca pelas cervejas artesanais está na pauta do turismo brasileiro. Belo Horizonte, que é reconhecida mundialmente como a capital brasileira dos bares, há alguns anos vem apostando também na fabricação desta bebida que incrementa e diversifica a oferta gastronômica da capital mineira.
O estado possui 30 fábricas de cerveja, das quais 24 são micro-cervejarias. Somam-se a elas, mais aproximadamente 180 produtores caseiros, aglutinados na associação Acerva Mineira. Considerando apenas as micro-cervejarias, hoje, são produzidos cerca de um milhão de litros de cervejas especiais, a maioria na Grande BH.

Em Belo Horizonte, a mais antiga microcervejaria da cidade, a Krug Bier, no bairro São Pedro, aberta em 1997, fabrica seis tipos de chope e cinco rótulos da cerveja Áustria. Atualmente, são mais de 2,2 milhões de litros produzidos por ano, e distribuídos em 140 pontos de venda da Grande BH. Outra cervejaria famosa na capital, a Wäls, já foi eleita a “cervejaria do ano” no concurso sul americano South Beer Cup. Falke Bier e Backer também são nomes conhecidos na capital mineira.

Não restam dúvidas de que a cerveja encontrou em Belo Horizonte um cenário ideal para sua expansão, dada a cultura do boteco da cidade. Mas as possibilidades não se encerram por aí. A difusão da cultura cervejeira demanda que as fábricas tenham estrutura para recebimento de visitantes e a cidade já oferece roteiros estruturados de visitação turística às cervejarias.

De acordo com o presidente da Belotur, Mauro Werkema, o Pólo das Cervejas Artesanais integra mais uma opção de fomento ao turismo e à economia da capital mineira.“Aplica-se a Belo Horizonte o conceito de “economia criativa”, em que predominam atividades econômicas baseadas na criatividade, na inovação, na tecnologia e no conhecimento. E a produção das cervejas se enquadra nessa categoria. Nossa meta é incentivar o turista a conhecer a culinária de nossa cidade, apreciar o modo de produção e os sabores dessa bebida que tanto agrada ao turista”, destacou Werkema.

Em uma parceria da Belotur com a Associação Brasileira dos Agentes de Viagens (ABAV-MG) um roteiro turístico já está sendo comercializado e à disposição do público apreciador da bebida. A empresa Libertas Receptivo oferece o Tour de Cervejas Artesanais e o Beer Tour –roteiros turísticosem Belo Horizontee entornoque exploramtodas as possibilidades da cerveja artesanal, levando o visitante às microcervejarias da capital e região e também aos bares e lojas especializadas. De acordo com Fernanda Fonseca, diretora da empresa, o público de interesse no segmento é crescente e está em permanente busca de novas experiências. “A cerveja artesanal vem complementar a oferta da tradicional gastronomia mineira que é tão apreciada pelos públicos nacional e estrangeiro”, destaca Fonseca.

Ocupando, hoje, o segundo lugar em produção de cervejas artesanais do país, Minas Gerais já produz 55 dos 120 estilos existentes no mundo. Segundo Cristiano Lamego, superintendente executivo do Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em geral do Estado de Minas Gerais – SindBebidas - as cervejarias mineiras estão se destacando porque oferecem ao mercado uma grande variedade de estilos de cerveja. “Essa diversidade é uma das principais características do movimento microcervejeiro de Minas Gerais”, diz Lamego. E completa: “Temos produtores investindo em pesquisa e inovação.”
Há dois anos, Rodrigo Lemos faz roteiros mensais e visita as principais cervejarias de Belo Horizonte e região como forma de atender a essa demanda, que vem crescendo à medida que o mercado de cervejas artesanais se aquece. “As cervejarias estão começando a se preparar melhor para receber um fluxo de turistas crescente, que deve atingir seu auge em 2014, na Copa do Mundo”, é o que afirma o zitólogo e beer sommelier.

Lemos também foi o organizador do Beer Tour, primeira iniciativa de turismo cervejeiro em Belo Horizonte, em 2011. Segundo ele as cervejarias de Belo Horizonte já receberam vários prêmios em conceituados concursos internacionais de cerveja. “Elas produzem vários estilos de cerveja, de inspiração belga, alemã, inglesa e americana, que são as quatro grandes escolas cervejeiras mundiais”, explica Lemos.

A força dos grandes eventos - Belo Horizonte vem atraindo o turista interessado em cerveja, também, por meio de eventos promovidos na cidade. No próximo mês, a capital será sede do Minas MixBeer, entre 6 e 7 de setembro. O evento deve atrair cerca de 10 mil pessoas entre profissionais e apreciadores da cerveja. Por acreditar também no incremento de negócios que as cervejas artesanais propiciam à capital mineira, a Belotur, empresa de turismo da prefeitura de Belo Horizonte, contemplou o evento em seu 9° Edital de Seleção para Concessão de Subvenção e será uma das apoiadoras do Minas MixBeer.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Sótão do Vovô

Nesta sexta-feira, dia 23/08, o Grampa's Attic inaugura o terceiro bico de sua trave de chopes. A partir desta data, as conjuradas Cerveja Grimor, Companhia Cervejaria JambreiroCerveja Vinil se revesarão apresentando suas crias. Mas para inaugurar, que tal a Inconfidentes Derrama Wit IPA, breja feita de maneira colaborativa entre as três marcas? Curioso, então agende-se!


BH entra no caminho das cervejas artesanais

Fabricantes criam roteiro turístico para consumidores conhecerem processo de fabricação da bebida em BH

Marinella Castro -Publicação: 23/08/2013 06:00 pelo Estado de Minas

Em setembro, a Belotur lança guia turístico da cidade e o circuito da cerveja artesanal será oficialmente incluído no roteiro da cidade.

Antes de chegar ao copo do consumidor a bebida fabricada na Grande BH é mantida por 70 dias em adega subterrânea a uma temperatura constante de 19 graus. Não é curtida no silêncio dos tonéis, mas embalada pelo som terapêutico dos cantos gregorianos, etapa que antecede seu envasamento em garrafas de champanhe. Apesar da embalagem, não se trata de uma bebida francesa, mas da Monasterium, um entre os diversos rótulos da cerveja artesanal produzida em Minas. Apreciada pelo brasileiro as fábricas gourmet multiplicaram nos últimos cinco anos, transformando a capital em um espécie de “Bélgica brasileira.” A rota da cerveja é o mais novo roteiro turístico da capital. Ao custo de R$ 160, é possível aprender sobre o processo de fabricação da iguaria, passear pelas fábricas, degustar dezenas de rótulos, com direito a café da manhã e almoço genuinamente cervejeiros.

Há cinco anos eram quatro microfábricas no estado, segundo levantamento do Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral (Sindbebidas-MG). Hoje são 30, sendo 16 na Grande BH. Minas já é o terceiro maior fabricante nacional da espécie, produzida com receitas originais que podem levar em sua composição ingredientes típicos como a jabuticaba, rapadura e o caldo de cana de açúcar. A fabricação mensal do estado atinge 600 mil litros, que agora poderão ser degustados por turistas de todo o mundo, como ocorre com a rota do vinho no Sul do país. Em setembro, a Belotur lança guia turístico da cidade. “O circuito da cerveja artesanal será oficialmente incluído no roteiro da cidade, com endereços e detalhes do produto encontrado em cada fábrica”, explica o presidente da instituição Mauro Werkema.


Falcone, mestre cervejeiro da Falk Bier, fábrica, em Ribeirão das Neves, na Grande BH, que está na rota cervejeira e investe R$ 1 milhão na ampliação da capacidade produtiva que passará de 10 mil litros/mês para 60 mil litros mensais.

A cervejaria Backer, que funciona no Bairro Olhos D’água, começou há 15 anos com produção para abastecer estabelecimento comercial próprio. Agora fabrica 245 mil litros/mês de 10 estilos diferentes do produto artesanal. Vende para todo o país e exporta para os Estados Unidos. A cervejaria, que já faz parte do roteiro turístico, está investindo R$ 5 milhões na ampliação do seu parque, especialmente para receber os visitantes. “Teremos um restaurante com capacidade para atender 300 pessoas, loja de souverniers, loja para homebrew (fabricação de cerveja em casa)”, diz Paula Lebbos, diretora de Marketing da cervejaria. Segundo ela, a inauguração será no ano que vem e o turista vai acompanhar o processo de fabricação e ainda participar de palestras.

“As receitas de Minas são inéditas, fabricadas com conhecimento, inovação e criatividade, aplaudido por grande fabricantes mundiais”, diz Marco Antônio Falcone, diretor do Sindbebidas e proprietário da Falk Bier. A fábrica, em Ribeirão das Neves, na Grande BH, está na rota cervejeira e investe R$ 1 milhão na ampliação da capacidade produtiva que passará de 10 mil litros/mês para 60 mil litros mensais. Falcone, que fabrica a cerveja Monasterium, garante que o canto gregoriano não é apenas um charme. “Em experiências constatamos que as leveduras que escutam a música têm menor taxa de mortalidade.” De acordo com o especialista, o resultado é uma bebida com aroma agradável que tem conquistado o público.

O roteiro com visita a pelo menos seis cervejarias já está aberto. “Temos várias opções de programa na Bélgica brasileira”, diz Fernanda Fonseca, proprietária da Libertas Viagens e Experiências. Ela diz que geralmente o turista escolhe conhecer de duas a três cervejarias por dia, em que conhece todo o processo de fabricação da famosa cerveja. “A demanda cresce ao ritmo de 20% ao mês.”

FESTIVAL 

Em 6 e 7 de setembro, os interessados em investir neste mercado poderão aprender mais sobre o processo artesanal no Festival de Cervejas Artesanais, Minas Mix Beer, que vai ocorrer na Serraria Souza Pinto, evento que também entrou para o calendário oficial da cidade. Segundo Cindra Gomes, organizadora do festival, a expectativa é que 8 mil pessoas passem pelo local, movimentando R$ 1 milhão em negócios

domingo, 2 de junho de 2013

Nova Lima vira polo cervejeiro e ganha primeira ‘cooperativa’

União de sete cervejeiros amplia produção de 300 litros para 12 mill no mundo

PUBLICADO EM 02/06/13 - por CRISTINA MORENO DE CASTRO, para Jornal O Tempo

Fabrício Bastos, Daniel Martins, Virgílio Barros e Ricardo Marques são alguns dos sócios

Era Dia de Tiradentes, 21 de abril, quando foi produzida a primeira “fornada” de 1.600 litros de cerveja da Inconfidentes Cervejarias Conjuradas – o nome não foi escolhido por acaso, como se vê.

Trata-se de uma receita inédita, que mistura os estilos belga e norte-americano, bolada pelas três microcervejarias – Grimor, Jambreiro e Vinil – que são sócias do empreendimento, para simbolizar sua união.

O modelo de produção da Inconfidentes também é inédito no Brasil. Funciona como uma cooperativa, mas não pode receber esse nome, porque, segundo a legislação, seria preciso haver ao menos 20 cooperados. No caso da Inconfidentes, são sete sócios, que trabalham num sistema “colaborativo”, para baratear os custos com o compartilhamento da estrutura da microindústria.

“É a primeira vez que cervejeiros caseiros criam esse formato para organizar o negócio. Já somos procurados por outros cervejeiros do Brasil inteiro para explicar como é o processo”, diz Paulo Patrus, 29, um dos sócios.

“O modelo é de grande valia e acreditamos que seja uma excelente saída para trazer mais produtores para o mercado formal”, diz Cristiano Lamego, superintendente do SindBebidas-MG.

Antes de se juntarem, as três microcervejarias alcançavam 300 litros por mês – com a Inconfidentes, esperam chegar agora a 12 mil, de seis estilos. O investimento inicial foi de R$ 800 mil.

A fábrica fica num galpão de 220 m² em Nova Lima (região metropolitana), cidade com quatro das 23 microcervejarias registradas em Minas, que está virando um polo à parte. “A prefeitura de Belo Horizonte não liberou o empreendimento. Já em Nova Lima, a própria prefeitura apostou que a cidade se tornaria um polo, e facilita”, diz Paulo.

Entre os sete sócios, há biólogos, dentistas, um engenheiro e um designer, e todos entraram no nicho por hobby. Até criarem a Inconfidentes, foram 18 meses de conversa e pesquisa. “O mercado está totalmente aberto. Minas vai virar o maior polo de fabricação de cervejas artesanais – e muito rápido”, aposta o sócio Ricardo Marques, 56.

A fábrica será inaugurada oficialmente neste mês, com venda das marcas em bares e casas especializadas, em garrafas e chope.


Minas é a ‘Bélgica brasileira’

Polo de microcervejarias e com grande variedade, Estado já é o segundo maior produtor do Brasil

A todo momento surgem novas microcervejarias em Minas; na foto, Ricardo Marques, um dos sócios da Inconfidentes, que fez sua primeira produção em 21 de abril

A tradicional pilsen, que era a única opção do consumidor de cerveja até poucos anos, hoje divide a prateleira dos mercados e bares com a stout, porter, weissbier, bock, ale e tantas outras. Em Minas, a diversidade e os troféus de premiações internacionais são tantos que o Estado passou a merecer o apelido, entre cervejeiros, de “Bélgica” brasileira, em alusão ao país europeu de grande tradição no produto.

Além da variedade, Minas é o segundo Estado produtor de cervejas especiais, em volume – atrás apenas de Santa Catarina –, segundo Cristiano Lamego, superintendente do Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral do Estado de Minas Gerais (SindBebidas-MG).

Ele diz que há hoje 130 microcervejarias registradas no país, sendo 23 (18%) em Minas, onde o nicho cresce a 20% ao ano. Responsável por fiscalizar o setor, o Ministério da Agricultura não diferencia as microcervejarias das grandes, como a Ambev, e diz haver 242 cervejarias registradas – nesse levantamento, Minas fica em quarto lugar.

“As microcervejarias encontraram um cenário propício para crescimento em função da procura do consumidor por produtos diferenciados e de alto valor agregado”, diz Lamego. A produção mensal atual é de cerca de um milhão de litros no Estado – e deve crescer ainda mais, com incentivos de prefeituras como a de Nova Lima, onde novas fábricas surgem a todo momento.

A Backer, por exemplo, pretende mais do que dobrar a capacidade de sua fábrica, no bairro Olhos D’água, na capital, dos atuais 1.900 m² para 4.000 m², até o fim do ano – a tempo da Copa do Mundo. Paula Lebbos, uma das sócias da microcervejaria, aplaude a expansão desse nicho no país, que hoje já responde por 5% de todo o setor cervejeiro.

Ela se lembra que, quando a Backer foi criada, há 15 anos, só havia a recém-surgida mineira Krug Bier e outras duas marcas com relevância no país. Ela começou com seis funcionários e seis tanques, para um produção mensal de 12 mil litros, e hoje possui 70 funcionários, 15 tanques e fabrica 270 mil litros de cerveja por mês. “O boom das microcervejarias nem aconteceu, vai acontecer daqui a um tempo ainda”, aposta Paula.

Luiz Vicente Mendes, diretor-comercial do Brasil Bier, concorda: “A tendência é crescer. Nos Estados Unidos, já são 4.000 microcervejarias e o movimento no Brasil só estava começando há seis anos, quando surgiu o Brasil Bier”.


quinta-feira, 30 de maio de 2013

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Guia de cervejas brasileiras: Brasil Beer


FONTE: "Divirta-se" do Estado de Minas


Mestres cervejeiros e apaixonados pela bebida possuem agora um aliado na busca por microcervejarias ao redor do país. A arte da produção artesanal de cerveja pelos quatro cantos do Brasil é tema do guia ‘Brasil Beer: O guia de cervejas brasileiras’, que será lançado em sessão de autógrafos nesta quinta-feira (16), na Livraria Leitura do Pátio Savassi.

De autoria dos especialistas no tema Henrique Oliveira e Helcio Drummond, o livro mistura guia turístico e catálogo em uma verdadeira “Road trip” degustativa por 157 cidades brasileiras. No “mapa da mina”, o leitor é convidado a conhecer mais de 450 cervejas e 120 microcervejarias, além dos pontos turísticos e belezas das cidades visitadas. “Este é o primeiro guia completo de turismo cervejeiro com foco exclusivo no Brasil, que abrange microcervejarias com uma amplitude maior. A ideia é que o leitor viaje com a gente pelo Brasil, conhecendo o estilo de fazer cerveja de cada local”, explica o mineiro Henrique Oliveira, cervejeiro e ex-presidente da Associação de Cervejeiros Artesanais de Minas (ACervA Mineira).

Com a proposta do “turismo cervejeiro”, o livro foca tanto nos aficionados pela arte quanto os interessados no turismo gourmet. “Ao falarmos dos pontos turísticos e dos programas de cada local, fizemos com que o livro ficasse mais leve, e não uma coisa massiva focada só em cerveja”, completa Oliveira. 


Mapa do Brasil

Da mesma forma que um mapa, o guia foi crescendo inesperadamente e ganhando volume à medida em que a dupla desbravava novos locais e microcervejarias. “A ideia começou como um compêndio, com as cervejas definidas por ordem alfabética. O volume das marcas foi crescendo e passou a fazer sentido separarmos o guia por regiões”.

Cada uma das regiões está contemplada com uma cor distinta, facilitando a localização de informações sobre as cidades produtoras, com um serviço completo para os que pretendem conhecê-las, incluindo desde onde se hospedar até serviços de táxi disponível.

O trabalho de catalogação foi dividido então em duas frentes: enquanto Henrique levantava microcervejarias e marcas, Hélcio adquiria informações relevantes sobre as cidades como: pontos turísticos, hotéis e restaurantes e como chegar.“Queremos que o aficionado em cerveja não só descubra a bebida, mas que consiga encontra-la no local onde é feita e saiba aproveitar aquele local”, explica Henrique. “Vamos dizer, por exemplo, que você chegue a uma determinada cervejaria e ela está fechada. Com o guia, você pode localizar quais são os restaurantes que vendem a cerveja, e assim a degustação não é perdida”, explica.

Em Minas Gerais
No Brasil Beer, estão presentes nove cidades mineiras, sendo elas Belo Horizonte, Contagem, Ribeirão das Neves, Nova Lima, Juiz de Fora, Frutal, Uberlândia, Monte Verde e Delfim Moreira. Combinadas, elas representam 15 microcervejarias e mais de 90 cervejas a serem degustadas, mas Henrique afirma que o número é ainda maior. “Não colocamos todas no catálogo, mas existem regiões como Formiga, por exemplo, onde a atividade cervejeira está crescendo”.

Para Henrique, o ‘boom’ de cervejeiros no estado tem motivo. Enquanto os paulistas (maioria no guia, com 22 cidades) produzem a cerveja por tradição ou empreendedorismo, no caso dos mineiros a nova febre é resultado da paixão pelo lado gourmet da produção artesanal. “O mineiro descobriu que ele pode conhecer o dono da cervejaria, as instalações e o processo de fabricação da cerveja. Como consequência, um maior número de cervejarias começou a surgir no estado”.

Leitura e degustação
A sessão de autógrafos na Leitura do Pátio guarda uma deliciosa surpresa para os aficionados e plantão. Acompanhando Hélcio e Henrique estarão representantes de cinco microcervejarias mineiras – Krug Bier, Backer, Wäls, Taberna do Vale e Falke Bier, em uma degustação onde leitores poderão brindar com os autores no melhor estilo cervejeiro.

terça-feira, 7 de maio de 2013

ENCONTRO NACIONAL DAS ACERVAS TERÁ PALESTRAS QUE VÃO DA FABRICAÇÃO À DEGUSTAÇÃO

Fonte: FC Comunicação | Assessoria de Imprensa

Produtores e bebedores de cerveja se reúnem em Curitiba entre os dias 30 de maio e 1º de junho para participar do 8º Encontro Nacional das ACervAs – Associação dos Cervejeiros Artesanais que acontece no Hotel Mabu Parque Resort. Nos dois primeiros dias, o evento conta com um ciclo de palestras de nove experts abordando temas que vão da produção à harmonização de cervejas.

Nomes premiados
Abrindo o evento, Samuel Cavalcanti, cervejeiro à frente da premiadíssima BodeBrown, eleita cervejaria do ano no Concurso Brasileiro de Cervejas de 2013 , fala sobre o movimento cervejeiro no Brasil. Em seguida, Carlos Chiari dá uma aula de harmonização de cervejas artesanais com presunto cru e explica um pouco sobre produção e a controversa questão da legalização da cerveja artesanal.

Engenheiro de Bioprocessos e Biotecnologia, Marcelo Barga contará um pouco sobre sua experiência frente ao fantástico mundo das leveduras. "Gastronomia brasileira harmonizada; ingredientes, pratos e cervejas nacionais" será o tema da palestra do chef Ronaldo Rossi, que também é sommelier de cerveja, professor na formação de sommelires do Senac/SP e colunista da Revista da Cerveja.

Organizando o movimento

No segundo dia do encontro, 31 de maio, os argentinos Diego Castro e Sergio Picciani contam um pouco do seu envolvimento com a história de uma associação cervejeira, a Somos Cerveceros. “Madeira e Cerveja – Descendo a Lenha” é o tema da palestra de Agenor Maccari Jr., sócio-proprietário da empresa de insumos para bebidas 277BRW.

Ex-presidente da ACervA-PR, instrutor do curso de Produção de Cerveja na Panela da Cervejaria Escola Bodebrown, criador da Liga das Cervejas Extraordinárias e fabricante da renomada cerveja Morada, André Junqueira fala do caminho que a cerveja percorre da panela à prateleira. Para completar, o chef Allan Cunha, sommelier e chef formado pela Le Cordon Bleu de Paris, conta como a cerveja pode enriquecer seus pratos.

As inscrições para os eventos – palestras e atividades paralelas – já estão abertas no site oficial da Acerva (concurso.acervapr.com.br) com preços a partir de R$ 153. A festa de encerramento acontece na fábrica da cervejaria Way no dia 1º de maio junto com a premiação do VIII Concurso Nacional das Acervas.


Serviço: VIII Encontro Nacional das Acervas

DATA: 30 de maio a 2 de junho de 2013
LOCAL: Hotel Mabu Parque Resort
END.: Rua Manoel Valdomiro de Macedo, 2609 - Pinheirinho Curitiba - PR
INFORMAÇÕES: www.concurso.acervapr.com.br

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Brassagem inaugural da Inconfidentes


Vinte e um de Abril de 2013, as 22:58h iniciou-se a fervura da primeira produção da microcervejaria em uma data emblemática para os mineiros, depois de 17 meses de projetos e obras, erros e acertos.
Um brinde à Inconfidência Cervejeira!
Lela, Paulo, Raquel, Daniel, Aline, Humberto, Ricardo, Virgílio e Fabrício.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Iron Maiden lança cerveja premium; veja vídeo promocional

A cerveja premium Trooper estará disponível para venda a partir de maio deste ano


Por Luiza Belloni Veronesi, para Infomoney em 13-03-2013

A bebida foi desenvolvida em parceria com a cervejaria Robinson (Reprodução)

SÃO PAULO - A banda de rock Iron Maiden acaba de lançar a própria cerveja, batizada com o nome de um dos seus maiores clássicos: “Trooper”. A bebida foi desenvolvida em parceria com a cervejaria Robinson.

Ao anunciar a cerveja no site da banda, o vocalista Bruce Dickinson confessou ser fã de longa data da cerveja inglesa tradicional.

“Eu pensei que tinha morrido e ido para o céu quando fomos convidados a criar uma cerveja própria. Nossa mágica será criar o casamento alcoólico de sabor e textura da Trooper. Eu amo isso”, afirmou o vocalista.

Dickinson, inclusive, é protagonista do vídeo promocional da bebida, divulgado nesta terça-feira (12). A cerveja premium Trooper estará disponível para venda a partir de maio deste ano, através do site www.ironmaidenbeer.com.



Brasil
No Brasil, em 2012, a banda Velhas Virgens lançou um rótulo para comemorar seus 25 anos de carreira, chamado Velhas Virgens Rockin’ Beer.

A cerveja da banda brasileira pode ser encontrada por um preço médio de R$ 20.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Inbev é acusada de aguar cerveja nos EUA


Empresa nega acusações de que cervejas estariam sendo adulteradas

Consumidores americanos entraram com um processo acusando a multinacional Anheuser-Busch Ibev (AB Inbev), de controle belgo-brasileiro, de diluir com água dez de suas marcas de cerveja, entre elas a Budweiser e a Michelob.

Segundo as acusações incluídas no processo, a Anheuser-Busch teria "acelerado vigorosamente suas práticas enganosas" após ter sido comprada pela belgo-brasileira Inbev, em 2008, em um processo de fusão que criou a maior produtora de bebidas do mundo.

"(A empresa) sacrificou a qualidade dos seus produtos para reduzir custos", dizem os consumidores, que pedem uma indenização de US$ 5 milhões (R$ 9,9 milhões) à AB Inbev pelo teor alcoólico das cervejas supostamente não ser igual ao indicado em seus rótulos.

Eles dizem basear suas denúncias em supostos relatos de ex-funcionários de fábricas de bebida da multinacional.

Ex-funcionários

"Nossa informação vem de ex-funcionários na Anheuser-Busch, que nos informaram que, como parte de uma prática corporativa, a empresa tem adicionado água em todos os seus produtos mencionados (no processo)", disse o advogado Josh Boxer.

De acordo com os reclamantes, a AB Inbev utilizaria "algumas das técnicas de controle de processos mais sofisticadas do mundo para monitorar com precisão o teor de álcool na fase final de (produção de sua cerveja)" e, em seguida, adicionaria água "produzindo cerveja com teor de álcool significativamente mais baixo que o indicado em seus rótulos".

Em um comunicado, a AB Inbev classificou as denúncias como "completamente falsas" e disse que suas cervejas estão em "plena conformidade com as leis de rotulagem".

"Temos orgulho em manter os mais altos padrões de produção de cerveja", disse Peter Kraemer, vice-presidente de produção e abastecimento da Anheuser-Busch.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Heroicos cientistas brasileiros criam tecnologia que acelera produção de cerveja


18 FEVEREIRO, 2013 POR CARLOS CARDOSO EM CIÊNCIA (Veja aqui o pdf original)


Normalmente não dou muita bola para o Prêmio Nobel, depois daquela história da indicação da Banda Calypso pro Nobel da Paz a premiação me pareceu meio comercial, mas abro exceção sugerindo Éverton Estracanholli para Nobel da Química E da Paz.

Durante uma pesquisa de doutorado, o físico do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo estudava técnicas de fotoanálise para quantificar carboidratos em amostras de mosto cervejeiro na fase de fermentação. Só que durante o processo perceberam que, no mais clássico exemplo do Princípio da Incerteza, o ato de observar alterava o resultado da observação.

As fontes de luz afetavam o tempo de fermentação nas dornas onde as leveduras viviam e morriam para nosso prazer e alegria. Partindo daí criaram dispositivos com LEDs que eram colocados dentro dos tanques. O resultado é que o tempo de fermentação caiu de 15% a 20%.

Isso é MUITO significativo, principalmente para microcervejarias que não dispõe de equipamentos para produção de grandes quantidades do Néctar Sagrado, e podem aumentar sua saída sem investir em mais equipamento e espaço.

O processo foi patenteado e já está em uso na microcervejaria Kirchen, fundada por Éverton, que já produzia cerveja artesanal em casa. Próxima viagem a São Paulo que tiver disponibilidade de tempo pretendo dar uma passada lá e conferir a Irish Red Ale deles. PELA CIÊNCIA!

Fonte: FAPESP

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Gato por Lebre

Esse é o título da matéria da revista Vox Objetiva que trata sobre as diferenças entre as cervejas das grandes indústrias e as cervejas especiais (artesanais). Confira a reportagem com participações de Fabiana Arreguy, do Pão e Cerveja - CBN, e do cervejeiro caseiro e consultor Pablo Carvalho, clique aqui e vá a página 24.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Reportagem de jornal local do sul de Minas sobre as microscervejarias

Mais uma reportagem sobre as cerveajas especiais. Embora contenha alguns erros, como chamar o malte de fermento e o de dar tanta ênfase a água, que embora seja uma matéria prima importante, qualquer água hoje pode ser tratada. Fica mais um registro do atual momento da cerveja premium e super premium. Confira a matéria clicando aqui.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Caderno Paladar, do Estadão.com

Inconfidência cervejeira

23 de janeiro de 2013 por Por Roberto Fonseca para o Caderno Paladar

Montar uma cervejaria no Brasil não é tarefa simples. Além da burocracia e dos impostos, reclamações constantes do setor, a conjunção de criatividade e habilidade com recursos financeiros é tão ou mais complexa do que a mistura de água, maltes, lúpulos e leveduras que dá origem a algumas das melhores fermentadas do planeta. Um desses fortuitos momentos ocorreu no fim de 2011, em Minas Gerais, reunindo na mesma mesa sete produtores caseiros ligados a três marcas: Grimor, Jambreiro e Vinil. Mais de um ano depois, a Inconfidentes, uma cooperativa cervejeira, faz os ajustes finais para o início de sua operação, estimado para meados de fevereiro.


Juntos. Produtores caseiros de Minas Gerais se reuniram para fundar cooperativa cervejeira. FOTO: Divulgação

Instalada em Nova Lima (MG), a Inconfidentes tem como sócios três empresas ligadas aos cervejeiros caseiros. Juntos, eles compraram uma panela de brassagem (produção cervejeira) de 2 mil litros e seis tanques de 2 mil litros cada um. “O tamanho é até maior do que precisávamos, mas como somos uma cooperativa e teremos um cronograma de uso do equipamento, o ideal é que cada cervejaria produza o máximo possível a cada vez que trabalhar”, afirma Paulo Patrus, da Grimor.

Ele estima que, uma vez operacional, a cervejaria tenha capacidade mensal de até 24* mil litros. Só equipamentos e as modificações no imóvel para a implantação da fábrica custaram entre R$ 700 mil e R$ 800 mil. Cada cervejaria da cooperativa, segundo Patrus, vai produzir suas próprias receitas, mas a primeira deve ser feita a 14 mãos. “Queremos fazer uma cerveja nova, com a cara da Inconfidentes, que poderá se tornar uma sazonal. Ainda não definimos o estilo.” Faz parte do projeto engarrafar as cervejas para atender a outros Estados.

Para Patrus, a cooperativa é uma opção estratégica para os cervejeiros caseiros que pensam em se profissionalizar. “Todos (na Inconfientes) somos da AcervA Mineira (entidade que reúne produtores caseiros) e convivemos há muitos anos, temos a mesma filosofia. Os cervejeiros caseiros já nasceram nesse clima de associação, compartilhando conhecimento”, afirma ele, que, com Gabriela Montandon, compõe a Grimor. Também são da Inconfidentes Humberto Ribeiro Neto, da Jambreiro, e o quarteto da Vinil Fabricio Bastos, Virgilio de Barros, Daniel Pinheiro e Ricardo Marques.

* Errata: na verdade a produção inicial será de 12 mil litros/mês.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Com doze fábricas de cervejas artesanais, Minas Gerais vira a Bélgica brasileira

Estado já é o segundo no ranking de produção do país, com quase 1 milhão de litros por mês

por Rafael Rocha, em Veja BH | 02 de Janeiro de 2013 

Dos 120 estilos existentes no mundo, 55 são reproduzidos por aqui: quase 1 milhão de litros por mês

Hervig Gangl, um austríaco que conheceu uma belo-horizontina no deserto do Iraque e, apaixonado, se mudou para cá, administrava uma pedreira. Marco Falcone era diretor em uma empresa no ramo de energia elétrica. Paula Lebbos tinha uma boate. Os irmãos Tiago e José Felipe Carneiro cuidavam da rede de lanchonetes do pai. Ana Paula Ribeiro, doutora em fisiologia, era pesquisadora. Todos eles mudaram o rumo de sua vida por causa da bebida feita de lúpulo, malte e leveduras que é a predileta dos brasileiros. Graças a empreendedores como esses, Minas Gerais ocupa hoje o segundo lugar em produção de cervejas artesanais do país — perdemos apenas para Santa Catarina. Doze fábricas e cerca de setenta cervejeiros caseiros são responsáveis pelo protagonismo que vem rendendo ao estado o epíteto de Bélgica brasileira. Dos 120 estilos existentes no mundo, 55 já são reproduzidos por aqui. Todos os meses, 1 milhão de litros saem dos tanques mineiros. "Os fabricantes não estão dando conta de atender à demanda do mercado", diz Cristiano Lamego, superintendente do Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral de Minas Gerais (Sindbebidas). Em 2012, as vendas cresceram 20% em relação ao ano anterior. "Nossa expectativa é que o número de fábricas dobre até 2015", informa Humberto Ribeiro, presidente da Acerva Mineira, entidade que reúne os cervejeiros artesanais do estado. O próprio Ribeiro está abrindo uma nova unidade, a Inconfidentes, em Nova Lima, fruto da união de três cervejeiros caseiros como ele.

Visitar as microcervejarias da região metropolitana é mesmo uma experiência impressionante. Sem exceção, todas estão operando no limite da capacidade e passam por obras de ampliação. "Somos considerados de vanguarda porque fazemos receitas ousadas, com ingredientes nobres", afirma Marco Falcone, um dos nomes por trás da Falke Bier. O advogado sempre teve interesse pelo processo de produção da bebida, vivia fazendo cursos sobre o assunto e gostava de praticar em casa, por hobby. A primeira garrafa que produziu foi em 1988. Dezesseis anos depois, abandonou o emprego e apostou todas as fichas na abertura de uma microcervejaria, em parceria com os irmãos Ronaldo e Juliana. Instalada no condomínio Vale do Ouro, em Ribeirão das Neves, sua empresa produz 10 000 litros por mês e eles pretendem aumentar em seis vezes esse volume em 2013. "Tenho de recusar clientes", conta. Na fábrica, com fachada em estilo alemão e 2 000 metros quadrados de área, ele exibe orgulhoso os nove rótulos que criou, incluindo duas preciosidades da casa: a Falke Tripe Monasterium e a Vivre Pour Vivre. Em uma adega subterrânea, as garrafas da Monasterium repousam por 45 dias ao som intermitente de canto gregoriano. Falcone jura que as ondas sonoras da música trazem bem-estar às leveduras, deixando a bebida mais refinada. O preço de tanto requinte deixaria cambaleante até o papa Gregório: envasada em garrafa de champanhe, cada unidade custa, em média, 90 reais nos bares da cidade. Ainda mais salgado é o preço da Vivre pour Vivre, que é feita com jabuticaba e demora três anos para ficar pronta: 200 reais.

"As cervejas de alta qualidade são caras, mas valem a pena. É como comprar um vinho sofisticado", garante Lígia de Matos, uma das dez integrantes da Confraria Feminina de Cerveja (Confece), a primeira do gênero no país, fundada em 2007. Juntas, as moças já criaram duas marcas para consumo próprio, a Conceição e a Aurora. Uma vez por mês, elas se reúnem em algum bar para degustar as novidades do mercado mineiro e já são conhecidas de quase todos os cervejeiros daqui. Um endereço que está no roteiro delas é o da Krug Bier, no São Pedro, a mais antiga microcervejaria da cidade, aberta em 1997. A empresa fabrica hoje seis tipos de chope e cinco rótulos da cerveja Áustria, uma produção total de 2 200 milhões de litros por ano, boa parte dela distribuída em 140 pontos de venda na Grande BH. "Nos últimos cinco anos, nossa produção triplicou", comemora o fundador, o austríaco Hervig Gangl. Quando se mudou para o Brasil, ele investiu em extração de rochas ornamentais, mas percebeu que havia por aqui potencial para vender loiras, ruivas e morenas artesanais como as que seu pai produzia na Áustria. Deixou a pedreira sob o comando da mulher e focou no novo negócio.

Desde que Gangl fabricou seu primeiro barril, o setor cresceu a passos largos e também se sofisticou. São muitos os títulos conquistados pelas marcas mineiras. Em março, a Wäls levou três medalhas de ouro e foi eleita a cervejaria do ano durante o South Beer Cup, concurso sul-americano realizado em Blumenau (SC). "Foi o reconhecimento da nossa capacidade de inovação", diz o engenheiro de alimentos Tiago Carneiro, um dos donos. "A nossa cerveja é feita com amor. Esse é o diferencial", completa seu irmão José Felipe, um ex-relações-públicas que se tornou mestre-cervejeiro. Os dois se dedicavam à administração da empresa do pai, a rede de lanchonetes Bang Bang Burguer, e faziam chope apenas para venda nas próprias lojas. Em 2007, decidiram apostar em cervejas artesanais e abriram a Wäls. Hoje fabricam oito rótulos, a maioria deles em garrafas com rolhas, destinadas a um público disposto a pagar até 130 reais por garrafa.

Praticantes da arte marcial muay thai, os irmãos estão longe de ostentar a pancinha muito comum em apreciadores da cerveja. Eles têm sacudido o mercado com produtos surpreendentes, como a Wäls Petroleum, que é maturada com cacau belga e tem 12% de teor alcoólico, quase o triplo das convencionais, e a Wäls Brut, elaborada pelo mesmo processo de fabricação do champanhe. Somente outras três fábricas no mundo fazem cerveja pelo método champenoise. Recomenda-se harmonizá-la com ostras e lagostas. A versão geek desenvolvida em parceria com funcionários do Google (a Wäls 42, com amêndoas californianas, abacaxi, limão e café na receita) foi outra estripulia da dupla neste ano. O desafio do momento é a Saison de Caipira, a primeira no mundo à base de cana-de-açúcar, desenvolvida em parceria com o cervejeiro norte-americano Garret Oliver, da respeitada Brooklyn Brewery, que será lançada em janeiro.

Na esteira da multiplicação das microcervejarias, surgiu pela cidade uma gama de endereços especializados, com boas cartas de geladas artesanais. Há sete meses em funcionamento, a Drik, em Lourdes, é um deles. A loja aberta pelos amigos Manuela Menezes, André Winter e Tânia Nogueira tem 110 variedades à venda, com preços entre 6,50 e 199 reais. A distribuidora Mamãe Bebidas, na Floresta, também resolveu apostar neste nicho: reúne em seu estoque mais de 700 rótulos especiais, entre regionais e importados. Os empresários Juliano Caldeira e Samira Clemente são outros exemplos de empreendedores que enxergaram um filão nessa sofisticação dos hábitos dos belo-horizontinos. Em 2009, o casal abriu o Rima dos Sabores, no Prado, um bar que harmoniza com cervejas diferenciadas petiscos como cubos de avestruz marinados na cachaça e filé de cauda de jacaré com molho de cupuaçu. Conselheiro da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Caldeira é um dos que estão à frente do movimento para levar as marcas daqui para o resto do mundo. "Estamos tentando incluir as cervejas mineiras entre os produtos que serão apresentados no festival Madri Fusión", conta ele. O encontro gastronômico espanhol, considerado o maior do mundo, homenageará Minas Gerais em sua próxima edição, em janeiro. Os mestres daqui estão otimistas sobre a recepção que a nossa gelada pode ter no exterior. E há bons motivos para isso.

A microcervejaria Backer, por exemplo, começa a conquistar clientes em outro continente. "Os americanos ficam encantados com nossos aromas", diz Paula Lebbos, uma das donas. Em janeiro, ela despachará o primeiro contêiner para os Estados Unidos. Equilibrando-se em um salto altíssimo, Paula percorre a fábrica de 4 000 metros quadrados para supervisionar a obra que fará a capacidade de produção subir dos atuais 240 000 litros para 320 000 litros por mês. O endereço, no bairro Olhos d’Água, se transformará, a partir de março, em um grande complexo cervejeiro aberto à visitação, com restaurante, loja e sala de degustação. "A gente fazia chope para atender à demanda da Três Lobos. Não tínhamos a intenção de vender para fora", lembra Paula, referindo-se à extinta casa noturna na Avenida Raja Gabáglia, que tinha em sociedade com o marido, Halim Lebbos, e o cunhado Munir Khalil. O sucesso da bebida foi tanto que os três empresários resolveram deixar as pistas de dança. A famosa boate emprestou o nome à linha lançada no ano passado, com rótulos que levam capim-limão, casca de laranja e açúcar mascavo.

"Estamos criando um exército cervejeiro por aqui", brinca Felipe Viegas, dono da Taberna do Vale, uma nanocervejaria — como são conhecidas as fábricas ainda muito pequenas — no Jardim Canadá, em Nova Lima. Lá, ele produz sete tipos de chope, e pretende abrir um pub em 2013. Graças a uma lei municipal que permite a fabricação de cervejas artesanais em perímetro urbano, o que no resto do país está restrito aos distritos industriais, a cidade vizinha à capital vem atraindo vários empreendimentos. Estão previstos quatro novos negócios até o meio do ano que vem. Foi também no Jardim Canadá que os amigos Roque Santos, Matheus Quirino, Alencar Barbosa, Bruno Parreiras e Ana Paula Ribeiro (a doutora em fisiologia do início desta reportagem) resolveram abrir a Küd, que fabrica 5 000 litros de seis variedades especiais de chope com nomes inspirados na história do rock. Quem passar por lá e quiser experimentar uma tulipa, porém, vai ouvir a resposta que é um clássico nos botecos: "Tem, mas acabou." A produção deste mês já está toda vendida.

Receitas para gostos variados

Falke Estrada Real
Leva uma dose extra de lúpulo, o que lhe confere sabor bem amargo. Apresenta ainda notas amadeiradas e frutadas.

Wäls Trippel
De cor alaranjada, tem espuma densa e duradoura. A receita inclui casca de laranja-da-terra e semente de coentro.

Backer Medieval
Inspirada nas bebidas feitas por monges belgas, é dourada, tem espuma cremosa e leva maltes especiais que lhe garantem sabor suavee adocicado.

Áustria Amber
Tem tonalidade avermelhada e recebe adição de malte torrado. Apresenta leve paladar de café e aroma de cereais.

Falke Vivre pour Vivre
Com aparência rosada e paladar marcadamente ácido, tem notas frutadas. Feita com jabuticaba, é a mais cara das marcas mineiras: chega a custar 200 reais.

Wäls Brut
Produzida a partir do mesmo método do champanhe, é dourada e translúcida, com aromas que remetem ao vinho branco. As garrafas descansam por pelo menos nove meses, sendo giradas duas vezes ao dia, antes de chegar ao mercado consumidor.

Onde provar

• ADRIANO IMPERADOR DA CERVEJA
Rua Cristina, 1270, Santo Antônio, ☎ 3586-9066.

• CAFÉ VIENA BEER
Avenida do Contorno, 3968, Funcionários, ☎ 3221-9555. www.cafeviena.com.br.

• CELTIC IRISH PUB
Rua Rio Verde, 253, Anchieta, ☎ 3227-1072. www.celticpub.com.br.

• CLUBE DA CERVEJA 201
Rua Custódio Maia, 201, Água Branca, Contagem, ☎ 9590-2935.

• CULT CLUB CINE PUB — CCCP
Rua Levindo Lopes, 358, Savassi, ☎ 3582-5628.

• EMPÓRIO SERAFINA
Rua Marília de Dirceu, 192, Lourdes, ☎ 2127-1080.

• MELLO PIZZARIA
Rua do Ouro, 331, Serra, ☎ 3221-4022.
Avenida Professor Mário Werneck, 1055, Buritis, ☎ 3568-1844.

• REDUTO DA CERVEJA
Avenida Álvares Cabral, 1030, loja 6, Lourdes, ☎ 2515-1770.
Rua Guaicuí, 660, loja 15, Luxemburgo, Woods Shopping, ☎ 2511-9680.Rua Pium-í, 570, Sion.www.redutodacerveja.com.br.

• RIMA DOS SABORES
Rua Esmeralda, 522, Prado, ☎ 3243-7120. www.rimadossabores.com.br.

• SEU ROMÃO
Rua São Romão, 192, Santo Antônio, ☎ 3786-4929. www.seuromao.com.br.

• STADT JEVER
Avenida do Contorno, 5771, Savassi, ☎ 3223-5056.

Para beber em casa

• CHURRASCO GOURMET
Alameda da Serra, 1033, Vale do Sereno, Nova Lima, ☎ 3654-2145;
Avenida Aggeo Pio Sobrinho, 60, lojas 2 e 3, Buritis, ☎ 3386-6805.

• DRIK VINHOS E CERVEJAS ESPECIAIS
Avenida Álvares Cabral, 1315, Lourdes, ☎ 3646-5110.

• EMPÓRIO SANTA TEREZA
Rua Salinas, 1622, Santa Tereza, ☎ 3468-6637.

• MAMÃE BEBIDAS
Avenida do Contorno, 1955, Floresta, ☎ 3213-9494;
Rua Patagônia, 642, Sion, ☎ 3213-9494.

• MR. BEER
Boulevard Shopping, ☎ 4141-4009;
Ponteio Lar Shopping, ☎ 8891-2240.