domingo, 7 de agosto de 2011

Colecionadores de vinis transformam paixão em profissão

Mercado de “bolachas” aposta em colecionadores.
Lojas e sebos de MG guardam raridades da música brasileira e internacional.
Apaixonados por música não abandonam o hábito de ouvir vinis mesmo no tempo em que a internet é uma fonte rápida e prática para comprar canções. O professor e colecionador Bruno Tuler resolveu transformar o amor pelo universo musical em profissão e abriu uma loja de discos em Juiz de Fora, na Zona da Mata de Minas Gerais.
As prateleiras abarrotadas de discos conhecidos também como “bolachas” mostram que ainda há público para este segmento e comprovam que, apesar de antigos, os discos não estão ultrapassados. “Acho que a sonoridade do disco é uma coisa sensacional, ainda. Eu acho que é uma coisa gráfica, de você pegar... Uma coisa quase como um ritual. Você pega o disco, tira da capa, coloca o primeiro lado. Depois, acaba o primeiro lado, você vira o disco”, relata o colecionador.
Discos preciosos de músicos nacionais e internacionais podem ser encontrados na loja dele e em outros sebos espalhados pelo estado. Para quem coleciona raridades, o preço vale à pena. O primeiro disco do conjunto Secos e Molhados, por exemplo, lançado em 1973, custa R$ 10 na loja.
Assim como as músicas antigas, a fabricação de vinis não ficou parada no tempo. O comerciante João Marcelo Abreu diz que compra lançamentos de vinis constantemente e que eles são importantes para disponibilizar discos que colecionadores tiravam do mercado. “Sempre existiu um público ávido por estes títulos. Na verdade, são títulos bem difíceis de serem encontrados”, afirma.
O DJ Pedro Paiva também fez da música profissão e transformou a casa em um santuário de coleções. “Disco de vinil é minha vida. Na minha casa, os móveis são todos cobertos por discos. É o que faço, o que escolhi para mim. É uma coisa de paixão mesmo”, confessa.

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