Rodrigo Lemos (Foto: Arquivo pessoal)
Veja os votos de Rodrigo Lemos, do blog BeerArchitecture, de Belo Horizonte (MG):
Melhor lager nacional
Bamberg Camila Camila. Na minha opinião, a bohemian pilsner feita no Brasil que mais se aproxima das tchecas, com destaque para o equilíbrio malte/lúpulo, perfeito. Além disso, é uma homenagem bem bacana ao nosso companheiro de cultura cervejeira Sady Homrich e sua banda Nenhum de Nós.
Melhor ale nacional
Seasons Green Cow IPA. Bem feita, equilibrada, tudo no lugar certo. É o tipo de IPA de que eu gosto.
Melhor lager importada para o Brasil
Harviestoun Schiehallion. Uma delícia aromática, de excelente drinkability e lupulagem maravilhosa. Gosto de cervejas que conseguem ser complexas e aromáticas por meio de uma lupulagem bem planejada, que é o caso dela.
Melhor ale importada para o Brasil
Rodenbach Grand Cru. Achei a vinda dela importantíssima, porque é uma das melhores cervejas do mundo, de um estilo do qual quase não tínhamos representantes por aqui. Ela tem uma acidez viciante, que é desafiadora para quem não está habituado a este tipo de cerveja, mas que faz com que você não consiga se desgrudar do copo.
Melhor cerveja caseira
Melhor responder logo, pois está todo mundo se formalizando por aqui e virando empresa: Jambreiro Bâdil, brown ale do amigo Humberto Mendes. Saborosa, com perfil de maltes delicioso. Da série favoritas da casa.
Melhor cerveja de 2011
Brooklyn Sorachi Ace. O aroma e a lupulagem dessa cerveja me deixaram desnorteado. Impressionante o quanto ela é cítrica, aromática e complexa. Há muito tempo uma cerveja não me impressionava tanto no quesito aroma.
Novidade do ano
Vou puxar a sardinha para o meu prato: o Beer Tour, que surgiu da vontade de dar acesso, principalmente ao público leigo e iniciante, aos locais responsáveis pela cena cervejeira em Minas Gerais e no Brasil, abrangendo os principais aspectos da cultura cervejeira (cervejarias, bares, lojas etc). Espero que a cultura cervejeira esteja cada vez mais atrelada à gastronomia e ao turismo daqui pra frente.
Melhor fato cervejeiro
O mercado brasileiro está começando a atingir a sua maturidade, e isso se traduz no maior número de prêmios ganhos pelas cervejarias nacionais, no aumento e diversificação da oferta de cervejas, na formalização dos cervejeiros caseiros e até mesmo nas divergências de opinião, oriundas dos diferentes pontos de vista de profissionais com formações diferentes dentro do mercado, que, desde que conduzidas com respeito, são muito saudáveis.
Pior fato cervejeiro
Acho que está sendo unânime: a postura “preciso me dar bem a qualquer custo” de uma parcela do nosso meio, tanto de iniciantes quanto até mesmo de pessoas já estabelecidas, que tem levado a todo tipo de prática torpe, e a consequente ação de oportunistas que querem virar figuras proeminentes no meio ou especialistas em três meses. Essa “pressa” e ganância são o que mais têm atrapalhado o mercado. Falta humildade, serenidade e colocar a paixão pela cerveja em primeiro lugar. Prova de que há muita gente imatura ou oportunista no meio. Por sorte, ainda temos muitos que alimentam essas três qualidades que citei.
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