Já pensou em tomar uma cerveja em um tubo de ensaio? Bem, é mais ou menos isso que se sente quando se usa o yard. Desenvolvido na Bélgica, por Pauwel Kwak, conteporâneo de Napoleão Bonaparte, possibilitava que o mesmo fosse encaixado nas carruagens para que os cocheiros pudessem tomar cerveja do lado de fora do bar. Na época, não era permitido a eles frequentarem esses estabelecimentos. Claro que o Sr. Kwak era dono de bar, cervejeiro e empreendedor. O desenho do copo o permitia ser fixado em uma pinça de madeira, presente tanto no suporte do copo para a mesa, quanto nas carruagens.
Com quase um metro de altura, ele hoje é muito utilizado em competições, principalmente na Alemanha, Inglaterra, Áustria e Nova Zelândia. O desafio é beber todo o conteúdo em um menor tempo possível. A dificuldade está nos últimos goles, quando a cerveja que está na parte redonda do fundo, em maior volume, desce e dificulta beber sem entornar.
Mas também existem as versões menores desse copo, com capacidade de 400mL, para se beber bem devagar, apreciando a Kwak, cerveja tipo ale, produzida desde 1791. Saúde!
Fonte: internet e Larouse da Cerveja - Ronaldo Morado.
sábado, 28 de janeiro de 2012
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
Os Melhores de 2011, segundo Rodrigo Lemos
Fonte: Blog do BOB, Estadão.com
Veja os votos de Rodrigo Lemos, do blog BeerArchitecture, de Belo Horizonte (MG):
Melhor lager nacional
Bamberg Camila Camila. Na minha opinião, a bohemian pilsner feita no Brasil que mais se aproxima das tchecas, com destaque para o equilíbrio malte/lúpulo, perfeito. Além disso, é uma homenagem bem bacana ao nosso companheiro de cultura cervejeira Sady Homrich e sua banda Nenhum de Nós.
Melhor ale nacional
Seasons Green Cow IPA. Bem feita, equilibrada, tudo no lugar certo. É o tipo de IPA de que eu gosto.
Melhor lager importada para o Brasil
Harviestoun Schiehallion. Uma delícia aromática, de excelente drinkability e lupulagem maravilhosa. Gosto de cervejas que conseguem ser complexas e aromáticas por meio de uma lupulagem bem planejada, que é o caso dela.
Melhor ale importada para o Brasil
Rodenbach Grand Cru. Achei a vinda dela importantíssima, porque é uma das melhores cervejas do mundo, de um estilo do qual quase não tínhamos representantes por aqui. Ela tem uma acidez viciante, que é desafiadora para quem não está habituado a este tipo de cerveja, mas que faz com que você não consiga se desgrudar do copo.
Melhor cerveja caseira
Melhor responder logo, pois está todo mundo se formalizando por aqui e virando empresa: Jambreiro Bâdil, brown ale do amigo Humberto Mendes. Saborosa, com perfil de maltes delicioso. Da série favoritas da casa.
Melhor cerveja de 2011
Brooklyn Sorachi Ace. O aroma e a lupulagem dessa cerveja me deixaram desnorteado. Impressionante o quanto ela é cítrica, aromática e complexa. Há muito tempo uma cerveja não me impressionava tanto no quesito aroma.
Novidade do ano
Vou puxar a sardinha para o meu prato: o Beer Tour, que surgiu da vontade de dar acesso, principalmente ao público leigo e iniciante, aos locais responsáveis pela cena cervejeira em Minas Gerais e no Brasil, abrangendo os principais aspectos da cultura cervejeira (cervejarias, bares, lojas etc). Espero que a cultura cervejeira esteja cada vez mais atrelada à gastronomia e ao turismo daqui pra frente.
Melhor fato cervejeiro
O mercado brasileiro está começando a atingir a sua maturidade, e isso se traduz no maior número de prêmios ganhos pelas cervejarias nacionais, no aumento e diversificação da oferta de cervejas, na formalização dos cervejeiros caseiros e até mesmo nas divergências de opinião, oriundas dos diferentes pontos de vista de profissionais com formações diferentes dentro do mercado, que, desde que conduzidas com respeito, são muito saudáveis.
Pior fato cervejeiro
Acho que está sendo unânime: a postura “preciso me dar bem a qualquer custo” de uma parcela do nosso meio, tanto de iniciantes quanto até mesmo de pessoas já estabelecidas, que tem levado a todo tipo de prática torpe, e a consequente ação de oportunistas que querem virar figuras proeminentes no meio ou especialistas em três meses. Essa “pressa” e ganância são o que mais têm atrapalhado o mercado. Falta humildade, serenidade e colocar a paixão pela cerveja em primeiro lugar. Prova de que há muita gente imatura ou oportunista no meio. Por sorte, ainda temos muitos que alimentam essas três qualidades que citei.
Rodrigo Lemos (Foto: Arquivo pessoal)
Veja os votos de Rodrigo Lemos, do blog BeerArchitecture, de Belo Horizonte (MG):
Melhor lager nacional
Bamberg Camila Camila. Na minha opinião, a bohemian pilsner feita no Brasil que mais se aproxima das tchecas, com destaque para o equilíbrio malte/lúpulo, perfeito. Além disso, é uma homenagem bem bacana ao nosso companheiro de cultura cervejeira Sady Homrich e sua banda Nenhum de Nós.
Melhor ale nacional
Seasons Green Cow IPA. Bem feita, equilibrada, tudo no lugar certo. É o tipo de IPA de que eu gosto.
Melhor lager importada para o Brasil
Harviestoun Schiehallion. Uma delícia aromática, de excelente drinkability e lupulagem maravilhosa. Gosto de cervejas que conseguem ser complexas e aromáticas por meio de uma lupulagem bem planejada, que é o caso dela.
Melhor ale importada para o Brasil
Rodenbach Grand Cru. Achei a vinda dela importantíssima, porque é uma das melhores cervejas do mundo, de um estilo do qual quase não tínhamos representantes por aqui. Ela tem uma acidez viciante, que é desafiadora para quem não está habituado a este tipo de cerveja, mas que faz com que você não consiga se desgrudar do copo.
Melhor cerveja caseira
Melhor responder logo, pois está todo mundo se formalizando por aqui e virando empresa: Jambreiro Bâdil, brown ale do amigo Humberto Mendes. Saborosa, com perfil de maltes delicioso. Da série favoritas da casa.
Melhor cerveja de 2011
Brooklyn Sorachi Ace. O aroma e a lupulagem dessa cerveja me deixaram desnorteado. Impressionante o quanto ela é cítrica, aromática e complexa. Há muito tempo uma cerveja não me impressionava tanto no quesito aroma.
Novidade do ano
Vou puxar a sardinha para o meu prato: o Beer Tour, que surgiu da vontade de dar acesso, principalmente ao público leigo e iniciante, aos locais responsáveis pela cena cervejeira em Minas Gerais e no Brasil, abrangendo os principais aspectos da cultura cervejeira (cervejarias, bares, lojas etc). Espero que a cultura cervejeira esteja cada vez mais atrelada à gastronomia e ao turismo daqui pra frente.
Melhor fato cervejeiro
O mercado brasileiro está começando a atingir a sua maturidade, e isso se traduz no maior número de prêmios ganhos pelas cervejarias nacionais, no aumento e diversificação da oferta de cervejas, na formalização dos cervejeiros caseiros e até mesmo nas divergências de opinião, oriundas dos diferentes pontos de vista de profissionais com formações diferentes dentro do mercado, que, desde que conduzidas com respeito, são muito saudáveis.
Pior fato cervejeiro
Acho que está sendo unânime: a postura “preciso me dar bem a qualquer custo” de uma parcela do nosso meio, tanto de iniciantes quanto até mesmo de pessoas já estabelecidas, que tem levado a todo tipo de prática torpe, e a consequente ação de oportunistas que querem virar figuras proeminentes no meio ou especialistas em três meses. Essa “pressa” e ganância são o que mais têm atrapalhado o mercado. Falta humildade, serenidade e colocar a paixão pela cerveja em primeiro lugar. Prova de que há muita gente imatura ou oportunista no meio. Por sorte, ainda temos muitos que alimentam essas três qualidades que citei.
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
Confece 2012: Aniversário de 05 anos
Agende-se: 03 de Março, na Casa Bernardi, das 13 as 20:00h. Música, petiscos e muita cerveja de qualidade!
Mais informações no blog da CONFECE e em breve, aqui, no Espaço Vinil.
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
Mais uma gelada, por favor!
Com diversas fábricas de produção artesanal, Belo Horizonte está se tornando a capital das cervejas especiais no Brasil
Fonte: Portal BH
Breja, loirinha, loira gelada, cerva ou simplesmente uma gelada. São muitos os apelidos para a cerveja, uma das bebidas mais antigas da humanidade. Conhecida mundialmente, a cerveja é pedida certa nas festas, baladas e churrascos brasileiros. Mas o que muita gente ainda não conhece são as cervejas especiais, feitas artesanalmente ou em microindústrias que, segundo especialistas, proporcionam um sabor muito melhor.
Com o lema “Beber menos, mas beber melhor”, os apaixonados pela cerveja artesanal garantem que quem conhece o sabor deste tipo de bebida não aceita beber a de outra modalidade. Em Belo Horizonte, o movimento dos apaixonados pela cerveja elaborada em pequenas indústrias começou há pouco mais de cinco anos. Hoje, há quem diga que a cidade está sendo considerada a segunda Bélgica, no que se refere à produção de cervejas especiais.
Segundo o cervejeiro Marco Falcone, um dos sócios da Falke Bier, a capital mineira está se tornando referência na produção de cerveja especial no Brasil. “São 70 fábricas de produção caseira, associadas a ACervA, e outras 10 microindústrias, conveniadas ao Sindbebidas. Os cervejeiros daqui não têm medo de inovar. Muitas cervejas produzidas em Belo Horizonte não existem em nenhum outro lugar do mundo”, afirma.
José Felipe Carneiro, cervejeiro da Wals, também destaca a produção da capital mineira. “A história da cervejaria em BH e região metropolitana começou com os cervejeiros caseiros, que faziam a bebida em casa, na panela. Eles perceberam uma excelente oportunidade para crescer e, hoje, estão à frente de microcervejarias famosas pela qualidade. A produção da bebida na nossa região já faz de BH a capital das cervejas especiais do Brasil”, acredita.
De acordo com Falcone, o consumo deste tipo de produto no Brasil tende a crescer 15% ao ano, ao passo que o da bebida industrializada cresce, em média, de 3 a 4% no mesmo período. “Hoje, o brasileiro consome, em média, 50 litros de cervejas especiais por ano. Com o aparecimento das microindústrias, esse número tende a aumentar. Há um espaço muito grande para o ramo. E Belo Horizonte vai acompanhar esse crescimento”, especula.
Dez microcervejarias na capital e região metropolitana produzem a bebida, mas apenas quatro a engarrafam: Falke Bier, Wals, Backer e Krug Bier/Áustria. “Todas elas já têm projeção nacional”, revela Falcone.
Sabor e cultura
O cervejeiro ainda explica que a cerveja artesanal é muito mais que uma simples bebida. É também cultura. “Cada tipo de cerveja combina mais ou menos com um tipo de comida. Então, esse movimento é muito mais que apenas beber, é também degustar, sentir aromas e sabores diferenciados – o que, na bebida industrializada, é impossível de se fazer”.
Como o objetivo é levar cultura e não apenas cerveja, as microcervejarias já estão construindo verdadeiros espaços culturais. A Adega Cultural de Cerveja, da Wals, já está quase pronta. Carneiro conta que o espaço será destinado para mostrar um pouco das peculiaridades da bebida. “Esse espaço será para visitação, onde o visitante vai poder degustar as cervejas produzidas pela Wals, além de conhecer um pouco dos processos de fabricação”. A adega será aberta ao público, aos sábados e domingos. As inscrições podem ser feitas pelo site www.wals.com.br.
Falcone também abre sua fábrica para visitação. Na Falke Bier, existe um espaço, no qual são ministrados cursos de degustação da cerveja especial. “Esse ambiente foi construído para os nossos cursos e testes. Aqui degustamos cervejas do Brasil inteiro. Além disso, abrimos também para visitações. É um prazer receber pessoas que admiram a bebida como nós”, orgulha-se.
Dedicação no preparo
Tanto a Falke Bier quanto a Wals possuem cervejas mais do que especiais. A Monasterium e a Vivre pour Vivre, da Falke, são famosas não só pelo sabor, mas também pelo modo de preparo. Segundo Falcone, a Monasterium, uma cerveja Belgian Srtong Ale, vencedora do prêmio Award 2008 como produto inovador, leva até seis meses para ficar pronta. “Todo o processo é muito peculiar. Ela é refermentada na garrada e maturada em uma adega subterrânea ao som de canto gregoriano”, revela.
Já a Vivre pour Vivre, uma cerveja Fruit Bier, utiliza jabuticaba na elaboração. Falcone revela que ela é única no mundo e leva três anos para chegar pronta ao consumidor. A sua peculiaridade é tanta que a produção é limitada: apenas 600 garrafas por ano. “Essa cerveja é muito especial. O nome é inspirado no filme Vivre pour Vivre. Eu queria fazer uma cerveja inédita que, ao mesmo tempo, fosse bem brasileira. Então, decidi utilizar a jabuticaba. Ficou fantástico!”, afirma.
Já a cervejaria Wals, tem a Wals Brut como “xodó”. De acordo com Carneiro, essa é uma cerveja Champenoise, que segue os mesmos modos de preparo do Champangne. “A Wals Brut leva nove meses para ficar pronta. Produzimos apenas 200 garrafas por ano. Temos uma lista de espera de mil pessoas querendo a nossa cerveja”, revela.
Cerveja especial X Cerveja industrializada
Tanta dedicação para produzir um único tipo de cerveja não poderia originar um resultado diferente. Os preços das cervejas especiais chegam a ser bem mais altos do que os da cerveja industrializada. Mas os cervejeiros não vêm nisso é um empecilho para a venda do produto. “Se você gasta R$30 com seis ou sete garrafas de cervejas industrializadas, você pode optar por tomar três especiais e gastar o mesmo valor. Porém, terá bebido algo de maior qualidade e infinitamente mais saboroso”, compara Carneiro.
Para Falcone, o lema “Beber menos, mas beber melhor”, diz bem qual é a grande diferença entre as bebidas. “A cerveja especial está muito ligada ao gourmet, ao sabor, aos aromas. A qualidade é muito maior. Quem toma cerveja especial não tem a intenção de ficar bêbado, mas sim de degustar, de sentir a qualidade diferenciada”.
As meninas da CONFECE também concordam. “Quando optamos por uma cerveja especial, optamos por uma bebida de qualidade superior. A gente aprende a tomar cerveja e a sentir todas as sensações que ela proporciona”, comenta Ludmilla Fontainha, que faz parte da confraria formada só por mulheres.
Fonte: Portal BH
Produto da Cervejaria Falke Bier, localizada na região metropolitana de BH (Foto: Divulgação)
Com o lema “Beber menos, mas beber melhor”, os apaixonados pela cerveja artesanal garantem que quem conhece o sabor deste tipo de bebida não aceita beber a de outra modalidade. Em Belo Horizonte, o movimento dos apaixonados pela cerveja elaborada em pequenas indústrias começou há pouco mais de cinco anos. Hoje, há quem diga que a cidade está sendo considerada a segunda Bélgica, no que se refere à produção de cervejas especiais.
Segundo o cervejeiro Marco Falcone, um dos sócios da Falke Bier, a capital mineira está se tornando referência na produção de cerveja especial no Brasil. “São 70 fábricas de produção caseira, associadas a ACervA, e outras 10 microindústrias, conveniadas ao Sindbebidas. Os cervejeiros daqui não têm medo de inovar. Muitas cervejas produzidas em Belo Horizonte não existem em nenhum outro lugar do mundo”, afirma.
José Felipe Carneiro, cervejeiro da Wals, também destaca a produção da capital mineira. “A história da cervejaria em BH e região metropolitana começou com os cervejeiros caseiros, que faziam a bebida em casa, na panela. Eles perceberam uma excelente oportunidade para crescer e, hoje, estão à frente de microcervejarias famosas pela qualidade. A produção da bebida na nossa região já faz de BH a capital das cervejas especiais do Brasil”, acredita.
De acordo com Falcone, o consumo deste tipo de produto no Brasil tende a crescer 15% ao ano, ao passo que o da bebida industrializada cresce, em média, de 3 a 4% no mesmo período. “Hoje, o brasileiro consome, em média, 50 litros de cervejas especiais por ano. Com o aparecimento das microindústrias, esse número tende a aumentar. Há um espaço muito grande para o ramo. E Belo Horizonte vai acompanhar esse crescimento”, especula.
Dez microcervejarias na capital e região metropolitana produzem a bebida, mas apenas quatro a engarrafam: Falke Bier, Wals, Backer e Krug Bier/Áustria. “Todas elas já têm projeção nacional”, revela Falcone.
Sabor e cultura
O cervejeiro ainda explica que a cerveja artesanal é muito mais que uma simples bebida. É também cultura. “Cada tipo de cerveja combina mais ou menos com um tipo de comida. Então, esse movimento é muito mais que apenas beber, é também degustar, sentir aromas e sabores diferenciados – o que, na bebida industrializada, é impossível de se fazer”.
Como o objetivo é levar cultura e não apenas cerveja, as microcervejarias já estão construindo verdadeiros espaços culturais. A Adega Cultural de Cerveja, da Wals, já está quase pronta. Carneiro conta que o espaço será destinado para mostrar um pouco das peculiaridades da bebida. “Esse espaço será para visitação, onde o visitante vai poder degustar as cervejas produzidas pela Wals, além de conhecer um pouco dos processos de fabricação”. A adega será aberta ao público, aos sábados e domingos. As inscrições podem ser feitas pelo site www.wals.com.br.
Falcone também abre sua fábrica para visitação. Na Falke Bier, existe um espaço, no qual são ministrados cursos de degustação da cerveja especial. “Esse ambiente foi construído para os nossos cursos e testes. Aqui degustamos cervejas do Brasil inteiro. Além disso, abrimos também para visitações. É um prazer receber pessoas que admiram a bebida como nós”, orgulha-se.
Dedicação no preparo
Tanto a Falke Bier quanto a Wals possuem cervejas mais do que especiais. A Monasterium e a Vivre pour Vivre, da Falke, são famosas não só pelo sabor, mas também pelo modo de preparo. Segundo Falcone, a Monasterium, uma cerveja Belgian Srtong Ale, vencedora do prêmio Award 2008 como produto inovador, leva até seis meses para ficar pronta. “Todo o processo é muito peculiar. Ela é refermentada na garrada e maturada em uma adega subterrânea ao som de canto gregoriano”, revela.
Já a Vivre pour Vivre, uma cerveja Fruit Bier, utiliza jabuticaba na elaboração. Falcone revela que ela é única no mundo e leva três anos para chegar pronta ao consumidor. A sua peculiaridade é tanta que a produção é limitada: apenas 600 garrafas por ano. “Essa cerveja é muito especial. O nome é inspirado no filme Vivre pour Vivre. Eu queria fazer uma cerveja inédita que, ao mesmo tempo, fosse bem brasileira. Então, decidi utilizar a jabuticaba. Ficou fantástico!”, afirma.
Já a cervejaria Wals, tem a Wals Brut como “xodó”. De acordo com Carneiro, essa é uma cerveja Champenoise, que segue os mesmos modos de preparo do Champangne. “A Wals Brut leva nove meses para ficar pronta. Produzimos apenas 200 garrafas por ano. Temos uma lista de espera de mil pessoas querendo a nossa cerveja”, revela.
Cerveja especial X Cerveja industrializada
As cervejas da Grimor, nº3 - Amber Lager e nº21 - Herb Beer com pétalas de hibisco.
Para Falcone, o lema “Beber menos, mas beber melhor”, diz bem qual é a grande diferença entre as bebidas. “A cerveja especial está muito ligada ao gourmet, ao sabor, aos aromas. A qualidade é muito maior. Quem toma cerveja especial não tem a intenção de ficar bêbado, mas sim de degustar, de sentir a qualidade diferenciada”.
As meninas da CONFECE também concordam. “Quando optamos por uma cerveja especial, optamos por uma bebida de qualidade superior. A gente aprende a tomar cerveja e a sentir todas as sensações que ela proporciona”, comenta Ludmilla Fontainha, que faz parte da confraria formada só por mulheres.
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
7 empreendedores que faturam com cervejas artesanais
Matéria da Exame.com sobre empreendedorismo e cervejas artesanais. A mineira Wäls está entre os sete. Veja o artigo diretamente do site clicando aqui
Os irmãos José Filipe e Thiago Carneiro, da Wäls.
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Produção de cerveja cresce 3,3% em 2011
Fonte: Lílian Cunha em Blog do Estadão 12 de janeiro de 2012
Em um ano com reajuste de impostos para bebidas e salário mínimo sem aumento real, a indústria de cervejas no Brasil não esperava bons resultados. A expectativa de 2011 era igualar a produção à do ano anterior. Previa-se até queda. Os mais recentes dados do Sistema de Controle de Produção de Bebidas (Sicobe) da Receita Federal, contudo, mostram aumento de 3,37% no volume fabricado no País.
É a primeira vez, desde que o Sicobe foi implantado no primeiro trimestre de 2009, que é possível comparar a produção de um ano com o outro. Os números da Receita, considerados os mais precisos do mercado, mostram que a produção alcançou 13,3 bilhões de litros — 433 milhões a mais que os 12,8 bilhões de litros de 2010. As cervejas especiais, segundo especialistas, foram as responsáveis por salvar o ano.
“As classes C e D continuam consumindo mais cerveja, mas as marcas mais baratas. Nesse cenário, o que a classe B faz? Busca um diferencial que, no caso, são as cervejas especiais ou premium”, diz Adalberto Viviani, especialista da Concept Consultoria, focada no setor de bebidas.
Viviani explica que nesse segmento estão marcas de cervejas artesanais — ou “gourmet” –, feitas com malte puro, como a Colorado, de Ribeirão Preto. Produtos menos elaborados, com cereais não maltados (milho, arroz) – mas com posicionamento de preço acima das marcas populares – também fazem parte desse grupo. A Budweiser, da Ambev, e a Devassa, da Schincariol (Kirin) são um exemplo.
Essas cervejas são as que devem apresentar maior ritmo de crescimento também em 2012, segundo análise do Banco Fator. “O aumento no consumo de produtos premium será o grande diferencial de resultados nos próximos anos, concomitantemente ao crescimento total de volume de cerveja”, diz um relatório da instituição.
Recorde
“Não temos os números do ano fechados ainda, mas com certeza serão bons porque batemos recordes de produção em outubro e novembro”, diz Patrick Zanello, mestre cervejeiro da Colorado.
“Chegamos a 100 mil litros ao mês, marca que nunca alcançamos”, completa ele. A cerveja Paulistânia, produzida pela importadora Bier & Wein em parceria com a indústria de bebidas Contini, também teve alta de vendas em 2011. “Crescemos 55% em volume”, diz Marcelo Stein, diretor da Bier & Wein.
Estrangeiras
As importações de cerveja, de acordo com Stein, bateram recordes no ano passado. Citando números oficiais, Stein afirma que a importação saltou de 22,1 milhões de litros em 2010 para 44,4 milhões de litros em 2011.
Os maiores volumes, afirma, foram trazidos por grandes cervejarias globais com atuação no Brasil, como Ambev (Anheuser-Bush InBev) e Heineken. Os países de origem da maior parte das importações são a Holanda, Uruguai, Argentina e México.
Na Bier & Wein, uma das maiores e mais antigas importadoras do País, os volumes cresceram 30% em relação a 2010. “Os brasileiros estão aprendendo a cultura da cerveja e descobrindo novos sabores”, declara Stein.
Juntas, importadas e especiais, essas cervejas representam de 4% a 6% do consumo nacional, conforme estimativas do setor. “Nos próximos três ou cinco anos, esse porcentual deve chegar a 9%, afirma Viviani.
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Encontro de DJs movimenta BH no final de semana
Festa promovida pelo Vinyl Land acontece na sexta-feira (13), às 22 horas, no Studio Bar
Fonte: Clarissa Carvalhaes - Do Hoje em Dia - 12/01/2012
Foto: TAMÁS BODOLAY/HIBRIDO
Encontro de DJs: festa reúne alguns dos principais apaixonados por vinis de Belo Horizonte
Foto: TAMÁS BODOLAY/HIBRIDO
Encontro de DJs: festa reúne alguns dos principais apaixonados por vinis de Belo Horizonte
O selo Vinyl Land realiza na sexta-feira (13) “Uma Celebração a Cultura do Acetato”. Na festa, quatro toca-discos serão comandados por 13 DJs de Belo Horizonte que trabalham exclusivamente com vinis. O evento terá início às 22 horas, no Studio Bar.
Será uma noite bastante eclética, com o melhor da música dançante feita no Brasil e no mundo, passando pelo reggae, pelo soul, pelo hip hop e pelo rock and roll.
O anfitrião do encontro é Luiz Valente, dono da Vinyl Land Records. Ele vai estar acompanhado de Alex C (da festa Funk-se), dos quatro DJs da Alta Fidelidade Crew (David, Fael, Garrell, Juliano e Kowalsky), de Fausto (100% Compactos), de Gustassifon (Peanut Vendors), de Zumberto (RoodBoss SoundSystem), de Roger Dee (Duelo De Mcs), de Yuga (Black Brother) e de Zé Pequeno (Sossega Leão).
A entrada custa R$ 10 para quem entrar até 23 horas. Depois, o valor sobe para R$ 20. Quem quiser mais informações pode visitar o site www.vinyllandrecords.com ou entrar em contato pelo e-mail info@vinyllandrecords.com.
“Uma Celebração a Cultura do Acetato”
Data: sexta-feira, 13 de janeiro
Local: Studio Bar (Rua Guajajaras, 842, Centro)
Horário: 22 horas
Ingressos: R$ 10 até às 23 horas / R$ 20 após às 23 horas
Será uma noite bastante eclética, com o melhor da música dançante feita no Brasil e no mundo, passando pelo reggae, pelo soul, pelo hip hop e pelo rock and roll.
O anfitrião do encontro é Luiz Valente, dono da Vinyl Land Records. Ele vai estar acompanhado de Alex C (da festa Funk-se), dos quatro DJs da Alta Fidelidade Crew (David, Fael, Garrell, Juliano e Kowalsky), de Fausto (100% Compactos), de Gustassifon (Peanut Vendors), de Zumberto (RoodBoss SoundSystem), de Roger Dee (Duelo De Mcs), de Yuga (Black Brother) e de Zé Pequeno (Sossega Leão).
A entrada custa R$ 10 para quem entrar até 23 horas. Depois, o valor sobe para R$ 20. Quem quiser mais informações pode visitar o site www.vinyllandrecords.com ou entrar em contato pelo e-mail info@vinyllandrecords.com.
“Uma Celebração a Cultura do Acetato”
Data: sexta-feira, 13 de janeiro
Local: Studio Bar (Rua Guajajaras, 842, Centro)
Horário: 22 horas
Ingressos: R$ 10 até às 23 horas / R$ 20 após às 23 horas
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
40 Tristes fotos de Lojas de discos fechadas
In honor of Record Store Day on Saturday, here's a depressing collection of old record store photos. Don't let the music die, people. Keep the dream alive! Also check out our list of 40 Portraits Of Independent Record Stores Still Open For Business.
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Vídeo inédito dos Mutantes
Ouça ‘Caminhante Noturno’ em uma rara versão em inglês
Fonte: LUCIANO BORBOREMA - Território Eldorado
Fonte: LUCIANO BORBOREMA - Território Eldorado
Gravação inédita de um show dos Mutantes na França, em 1969, foi lançado na internet nesta terça-feira (04). O vídeo ganhou a web através de um blog especializado em vídeos antigos e traz a formação clássica do grupo mandando a música Caminhante Noturno em uma versão em inglês.
Logo após a gravação ganhar os sites, o ex-Mutantes Arnaldo Baptista assistiu ao vídeo e compartilhou a gravação no perfil dele no Facebook. No texto, ele elogia a gravação e escreve: "Isto sim, é Mutantes".
Logo após a gravação ganhar os sites, o ex-Mutantes Arnaldo Baptista assistiu ao vídeo e compartilhou a gravação no perfil dele no Facebook. No texto, ele elogia a gravação e escreve: "Isto sim, é Mutantes".
sábado, 7 de janeiro de 2012
Beba com Moderação!
Fantástico o vídeo da Heineken sobre não se exceder com bebidas alcoólicas, confira:
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
Reportagem do site IG
10 dicas para tomar cerveja no verão
1. Gelada demais x gelada de menos
Gourmets e fãs de cervejas especiais afirmam que a bebida, quando servida em baixíssima temperatura, perde sabor e aroma. Por outro lado, grande parcela da população, consumidora das pilsens comuns, prefere a garrafa “trincando” de gelada. Difícil é dizer quem está correto. Como a forma de consumo é um hábito – e um prazer – o certo mesmo é fazer o que lhe agrada.
Cássio Piccolo, proprietário do bar Frangó, em São Paulo, pensa assim: “Não sou xiita em relação à temperatura. Acho que tudo depende da ocasião e onde você vai consumir. Uma coisa é beber em um ambiente com ar-condicionado, outra é numa praia, sob o sol”, pondera. De qualquer forma, é bom saber que mesmo as pilsens, as cervejas que devem ser consumidas mais geladas, começam a perder sabor quando estão abaixo de 4º C. “Tudo que é excessivamente gelado ou quente amortece as papilas gustativas e influencia no sabor”, explica Cássio, que prefere tomar cervejas encorpadas, como as trapistas, somente refrescadas, a cerca de 14º C, “como se faz com os vinhos”.
2. Como gelar mais rápido?
Preferências à parte, é bom saber artifícios para gelar o mais rápido possível qualquer tipo de cerveja. A dica serve para salvar quem não tem bebida gelada à mão (e quer beber), ou para aquela festa em que todo mundo leva uma caixa – sempre quente, obviamente – e a rotatividade de bebida é grande.
Freezer, freezer com a lata molhada, gelo, gelo com sal, gelo com álcool. São muitas as formas “infalíveis” de gelar rapidamente latinhas e long necks, mas qual é a mais eficiente?
Para o engenheiro químico Sidney dos Santos, trata-se apenas de combinar dois fatores: temperatura baixa e superfície de contato. “Colocar no freezer realmente é a forma de atingir a temperatura mais baixa possível, mas é mais demorado, porque o ar não é um bom condutor de temperatura. A forma mais rápida é colocar bastante gelo e água, para que ela envolva toda a embalagem da bebida e esfrie o líquido rapidamente”, explica. Mas ele alerta: dessa forma é impossível deixar a bebida mais gelada que 0º C grau. “Abaixo disso, também começaria a congelar”. E o sal? “O sal, assim como o álcool, junto com água e gelo, deixam a temperatura ainda mais baixa, tornando bem mais rápido o processo de gelar a cerveja", completa.
E o que dizer daquelas geladeiras em bares com termostato marcando 3º ou 4º C negativos? “Não se pode esquecer que aquelas geladeiras são abertas o tempo todo e há muita reposição de vasilhames. Se as bebidas ficassem lá direto, com a porta fechada, iriam congelar”, explica Cássio. Segundo a Lorousse da Cerveja, a bebida congela a -2,5º
3. A escolha do copo é importante?
Independente do tipo da cerveja, é importante que o copo seja, ante de tudo, incolor e transparente. Só assim é possível observar a coloração e a formação de espuma da bebida. O formato também faz diferença de acordo com o tipo da cerveja e, se bem escolhido, tende a potencializar suas características. “Não é um detalhe cosmético, faz uma enorme diferença. Do mesmo jeito que existem taças adequadas para cada vinho, com a cerveja ocorre o mesmo”, explica Cássio. Apesar de existirem modelos ideais para cada rótulo – não à toa as marcas desenvolvem e vendem tipos apropriados para seus produtos – algumas regras gerais podem ser seguidas:
O copo certo para degustar a bebida faz toda a diferença
- cervejas leves podem ser bebidas em copos tipo tulipa ou em taças com “pezinho” -- ele impede que o calor da mão esquente o líquido.
- os exemplares mais aromáticos devem ser degustados em copos com bojo largo, que favorecem o desenvolvimento dos aromas.
- os rótulos weiss (feitos com trigo) têm alta carbonatação, grande formação de espuma e um fermento que fica no fundo da garrafa e que deve ser misturado à cerveja. Por isso, ser faz necessário usar um daqueles copos compridos e mais largos no topo, que comportam 500 mililitros, chamados de weizen.
- os populares copos americanos são úteis para beber cervejas leves bem geladas. Como é pequeno, o consumo do líquido é rápido e não dá tempo da bebida esquentar, mesmo com o calor das mãos.
- as de tipo champenoise, feitas com um método de fermentação semelhante ao do champanhe, devem ser bebidas nas taças indicadas para esta bebida, do tipo flûte.
4. Onde guardar?
“Uma premissa da cerveja é que quanto mais jovem ela for consumida, melhor. Então, armazenar não é aconselhado”, orienta Luciano Horn, mestre cervejeiro da Ambev. De qualquer forma, para guardar garrafas e latas, o melhor é mesmo a geladeira, ou, ao menos, um ambiente fresco e protegido do sol.
5. Latinha x garrafa
Muitos consumidores preferem a “cerveja de garrafa”. Mas a verdade é que não há nenhuma diferença entre este produto e o embalado em latinhas. “O processo de produção da bebida é igual. O que existe é uma pequena diferença de resistência da garrafa, que acaba retendo mais gás carbônico, mas isso é imperceptível ao paladar”, diz Luciano.
6. É melhor gelar a garrafa deitada ou em pé?
De preferência, em pé. Porque você tem um pouco de ar residual na garrafa e o oxigênio é prejudicial à cerveja, pois causa o envelhecimento do líquido. “A garrafa em pé diminui o contato com o ar. Mas a maioria das cervejarias hoje trabalham com o mínimo de oxigeno residual – diminuindo a diferença entre uma e outra posição para armazenar e gelar.
7. Que tal uma degustação?
Para começar, é indispensável que os copos estejam limpos e secos. O ideal é seguir uma linha para guiar a degustação: cervejas diferentes de um mesmo fabricante ou cervejas do mesmo estilo, mas de fabricantes diferentes. Escolhidos os rótulos, é indicado começar com as mais leves primeiro, partindo para as mais encorpadas e alcoólicas. Para aguçar os sentidos, é aconselhável que os participantes não tenham consumido bebidas alcoólicas no mesmo dia. Para perceber as características de cada bebida, é essencial que elas sejam servidas na temperatura adequada.
8. Quais as cervejas mais refrescantes?
Definitivamente, as do tipo larger, em especial as pilsens. E, vale lembrar, elas não se restringem às marcas populares – uma pilsen da República Tcheca, mais amarga, pode ser muito refrescante. Mas há outras opções. "Acho as bières blanches da Bélgica [feitas de trigo] excelentes pedidas para o calor. As cervejas de trigo da Alemanha também são bem refrescantes e as lambic com frutas também podem ser boa opção de aperitivo em dias quentes”, sugere Cássio.
9. Existe drinque com cerveja?
São poucos, mas existem. No México, a michelada é muito popular. Consiste de limão, um pouco de sal, cubos de gelo, cerveja pilsen e pimenta chilli em pó na borda do copo. Há variações da bebida em outros pontos da América Latina, que pode levar suco de tomate e outros temperos. Nos EUA também é possível encontrar variações de margaritas feitas com cerveja, assim como no Brasil alguns bares já se arriscaram a oferecer caipirinha de cerveja – o resultado é um refresco de cevada, com sabor diluído e “temperado” pelo limão.
10. O que é a cerveja “choca”?
Três efeitos indesejáveis na cerveja podem resultar numa bebida alterada, chamada popularmente de “choca”: a) perda de gás carbônico, por conta de algum defeito na tampa ou pelo “esquenta-esfria” da garrafa, que faz a tampa se contrair e expandir – e, consequentemente, escapar o gás; b) cerveja “velha” ou mal transportada ou armazenada e que perdeu suas características ideais; c) coagulação da proteína da cerveja – de novo por causa do processo de “esquenta-esfria” feito algumas vezes. Nesse caso, a bebida não tem sabor alterado, mas seu aspecto fica comprometido, levemente leitoso, num efeito chamado de turbidez.
Bebidas alcoólicas são proibidas para menores de 18 anos. Se beber, não dirija.
O brasileiro é fã de cerveja por excelência. E como tudo que desperta paixões, a bebida dá pano para manga em discussões sobre o que é certo ou errado a respeito do consumo. Entre os dilemas mais frequentes estão aqueles relacionados à temperatura ideal, que divide opiniões entre consumidores e público gourmet. O iG Comida propôs a mestres cervejeiros e especialistas no assunto que nos ajudassem a responder dúvidas e mitos sobre a cerveja. Tudo para que o leitor beba melhor – ou ao menos, tenha mais argumento para debater na mesa do bar.
Foto: Leo Feltran
Gourmets e fãs de cervejas especiais afirmam que a bebida, quando servida em baixíssima temperatura, perde sabor e aroma. Por outro lado, grande parcela da população, consumidora das pilsens comuns, prefere a garrafa “trincando” de gelada. Difícil é dizer quem está correto. Como a forma de consumo é um hábito – e um prazer – o certo mesmo é fazer o que lhe agrada.
Cássio Piccolo, proprietário do bar Frangó, em São Paulo, pensa assim: “Não sou xiita em relação à temperatura. Acho que tudo depende da ocasião e onde você vai consumir. Uma coisa é beber em um ambiente com ar-condicionado, outra é numa praia, sob o sol”, pondera. De qualquer forma, é bom saber que mesmo as pilsens, as cervejas que devem ser consumidas mais geladas, começam a perder sabor quando estão abaixo de 4º C. “Tudo que é excessivamente gelado ou quente amortece as papilas gustativas e influencia no sabor”, explica Cássio, que prefere tomar cervejas encorpadas, como as trapistas, somente refrescadas, a cerca de 14º C, “como se faz com os vinhos”.
2. Como gelar mais rápido?
Preferências à parte, é bom saber artifícios para gelar o mais rápido possível qualquer tipo de cerveja. A dica serve para salvar quem não tem bebida gelada à mão (e quer beber), ou para aquela festa em que todo mundo leva uma caixa – sempre quente, obviamente – e a rotatividade de bebida é grande.
Freezer, freezer com a lata molhada, gelo, gelo com sal, gelo com álcool. São muitas as formas “infalíveis” de gelar rapidamente latinhas e long necks, mas qual é a mais eficiente?
Para o engenheiro químico Sidney dos Santos, trata-se apenas de combinar dois fatores: temperatura baixa e superfície de contato. “Colocar no freezer realmente é a forma de atingir a temperatura mais baixa possível, mas é mais demorado, porque o ar não é um bom condutor de temperatura. A forma mais rápida é colocar bastante gelo e água, para que ela envolva toda a embalagem da bebida e esfrie o líquido rapidamente”, explica. Mas ele alerta: dessa forma é impossível deixar a bebida mais gelada que 0º C grau. “Abaixo disso, também começaria a congelar”. E o sal? “O sal, assim como o álcool, junto com água e gelo, deixam a temperatura ainda mais baixa, tornando bem mais rápido o processo de gelar a cerveja", completa.
E o que dizer daquelas geladeiras em bares com termostato marcando 3º ou 4º C negativos? “Não se pode esquecer que aquelas geladeiras são abertas o tempo todo e há muita reposição de vasilhames. Se as bebidas ficassem lá direto, com a porta fechada, iriam congelar”, explica Cássio. Segundo a Lorousse da Cerveja, a bebida congela a -2,5º
3. A escolha do copo é importante?
Independente do tipo da cerveja, é importante que o copo seja, ante de tudo, incolor e transparente. Só assim é possível observar a coloração e a formação de espuma da bebida. O formato também faz diferença de acordo com o tipo da cerveja e, se bem escolhido, tende a potencializar suas características. “Não é um detalhe cosmético, faz uma enorme diferença. Do mesmo jeito que existem taças adequadas para cada vinho, com a cerveja ocorre o mesmo”, explica Cássio. Apesar de existirem modelos ideais para cada rótulo – não à toa as marcas desenvolvem e vendem tipos apropriados para seus produtos – algumas regras gerais podem ser seguidas:
O copo certo para degustar a bebida faz toda a diferença
- cervejas leves podem ser bebidas em copos tipo tulipa ou em taças com “pezinho” -- ele impede que o calor da mão esquente o líquido.
- os exemplares mais aromáticos devem ser degustados em copos com bojo largo, que favorecem o desenvolvimento dos aromas.
- os rótulos weiss (feitos com trigo) têm alta carbonatação, grande formação de espuma e um fermento que fica no fundo da garrafa e que deve ser misturado à cerveja. Por isso, ser faz necessário usar um daqueles copos compridos e mais largos no topo, que comportam 500 mililitros, chamados de weizen.
- os populares copos americanos são úteis para beber cervejas leves bem geladas. Como é pequeno, o consumo do líquido é rápido e não dá tempo da bebida esquentar, mesmo com o calor das mãos.
- as de tipo champenoise, feitas com um método de fermentação semelhante ao do champanhe, devem ser bebidas nas taças indicadas para esta bebida, do tipo flûte.
4. Onde guardar?
“Uma premissa da cerveja é que quanto mais jovem ela for consumida, melhor. Então, armazenar não é aconselhado”, orienta Luciano Horn, mestre cervejeiro da Ambev. De qualquer forma, para guardar garrafas e latas, o melhor é mesmo a geladeira, ou, ao menos, um ambiente fresco e protegido do sol.
5. Latinha x garrafa
Muitos consumidores preferem a “cerveja de garrafa”. Mas a verdade é que não há nenhuma diferença entre este produto e o embalado em latinhas. “O processo de produção da bebida é igual. O que existe é uma pequena diferença de resistência da garrafa, que acaba retendo mais gás carbônico, mas isso é imperceptível ao paladar”, diz Luciano.
6. É melhor gelar a garrafa deitada ou em pé?
De preferência, em pé. Porque você tem um pouco de ar residual na garrafa e o oxigênio é prejudicial à cerveja, pois causa o envelhecimento do líquido. “A garrafa em pé diminui o contato com o ar. Mas a maioria das cervejarias hoje trabalham com o mínimo de oxigeno residual – diminuindo a diferença entre uma e outra posição para armazenar e gelar.
7. Que tal uma degustação?
Para começar, é indispensável que os copos estejam limpos e secos. O ideal é seguir uma linha para guiar a degustação: cervejas diferentes de um mesmo fabricante ou cervejas do mesmo estilo, mas de fabricantes diferentes. Escolhidos os rótulos, é indicado começar com as mais leves primeiro, partindo para as mais encorpadas e alcoólicas. Para aguçar os sentidos, é aconselhável que os participantes não tenham consumido bebidas alcoólicas no mesmo dia. Para perceber as características de cada bebida, é essencial que elas sejam servidas na temperatura adequada.
8. Quais as cervejas mais refrescantes?
Definitivamente, as do tipo larger, em especial as pilsens. E, vale lembrar, elas não se restringem às marcas populares – uma pilsen da República Tcheca, mais amarga, pode ser muito refrescante. Mas há outras opções. "Acho as bières blanches da Bélgica [feitas de trigo] excelentes pedidas para o calor. As cervejas de trigo da Alemanha também são bem refrescantes e as lambic com frutas também podem ser boa opção de aperitivo em dias quentes”, sugere Cássio.
9. Existe drinque com cerveja?
São poucos, mas existem. No México, a michelada é muito popular. Consiste de limão, um pouco de sal, cubos de gelo, cerveja pilsen e pimenta chilli em pó na borda do copo. Há variações da bebida em outros pontos da América Latina, que pode levar suco de tomate e outros temperos. Nos EUA também é possível encontrar variações de margaritas feitas com cerveja, assim como no Brasil alguns bares já se arriscaram a oferecer caipirinha de cerveja – o resultado é um refresco de cevada, com sabor diluído e “temperado” pelo limão.
10. O que é a cerveja “choca”?
Três efeitos indesejáveis na cerveja podem resultar numa bebida alterada, chamada popularmente de “choca”: a) perda de gás carbônico, por conta de algum defeito na tampa ou pelo “esquenta-esfria” da garrafa, que faz a tampa se contrair e expandir – e, consequentemente, escapar o gás; b) cerveja “velha” ou mal transportada ou armazenada e que perdeu suas características ideais; c) coagulação da proteína da cerveja – de novo por causa do processo de “esquenta-esfria” feito algumas vezes. Nesse caso, a bebida não tem sabor alterado, mas seu aspecto fica comprometido, levemente leitoso, num efeito chamado de turbidez.
Bebidas alcoólicas são proibidas para menores de 18 anos. Se beber, não dirija.
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
A Cervejaria do Ano de 2011 na América Latina: Falke Bier
Latin American Brewery of the Year
Por Stephen Beaumont
(This is the fourth of several posts detailing what I found to be the breweries of the year for 2011 in various regions. Note that there is no science to the choices I have made, just my own highly subjective reasoning as detailed in each post. You can find my pick of the Brewery of the Year for Ontario here, Brewery of the Year for Canada here and U.S. Brewery of the Year here.)
The year past was one in which I had the privilege of acquainting myself with many breweries from Brazil, Argentina, Chile and elsewhere in Latin America, which makes deciding on this honouree all the more difficult. No doubt there are several worthy candidates brewing up great things in difficult market conditions, such as Cervejaria Colorado, Cervejaria Bamberg and Bodebrown Cervejaria & Escola in Brazil; Cerveza Jerome, Cerveza Zeppelin and Cerveza Artesanal Antares in Argentina; Cerveceria Kross, Szot Microbrewery and Tübinger Microbrews in Chile; Costa Rica’s Craft Brewing Company in, well, Costa Rica; and Cerveceria Minerva and Cerveceria Primus in Mexico. But as I looked back on my notes and impressions, one brewery stood out.
My choice for Latin American Brewery of the Year for 2011 is Falke Bier.
Brewer and owner Marco Falcone’s beers caught my attention the moment I first tasted his Estrada Real IPA, which I thought more akin to an ESB, but nonetheless enjoyed tremendously. Then I had a chance to linger over lunch with Falcone and sample many of his other brews, including the Ouro Preto, a schwarzbier for which he toasts the grain himself in a coffee-style roaster, the stylish Falke Bier Pilsen and Falcone’s attempt at a tripel, the somewhat variable Monasterium, which is spicy-fruity treat that in my opinion falls short of the stylistic mark, but remains a most appealing tipple.
What sealed the deal, however, was sampling his Vivre pour Vivre in Buenos Aires a number of months later. Lightly tart and quenching, this fruit ale undergoes lengthy barrel aging, exposure to lactobacillus culture and a final fermentation with native jabuticaba fruit, resulting in a beer of appetizing and spicy fruitiness and great character. I have read that it was the original product of a mistake in the brewhouse, which I have yet to confirm with Falcone, but even it it was, it remains a marvelous correction, and ample reason to push Falke over the top as my Brewery of the Year pick for Latin America..
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
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