Confiram uma seleção de 6 copos estranhos feita por Roberto Fonseca e publicado no Blog do Bob do Estadão.com
O “copo” da Mongozo. Com dois, dá até para tirar um sonzinho (Foto: Felipe Rau/Estadão)
OK, a Mongozo Coconut, que, como sugere o nome, leva coco na composição, é bem “exótica” – a presença do ingrediente pesou demais na receita. Mas não dá para negar que o coquinho chama atenção na mesa ao lado. Ainda tem uma base de fibras trançadas para sustentá-lo. Não sei bem como deve ser feita a higienização do recipiente.
Ideal para: quem aprecia exotismo ou festas temáticas dos anos 80.
2) ROGUE CHIPOTLE
A taça da Rogue Chipotle. Calma que não é peiote (Foto: Felipe Rau/Estadão)
Taça “temática” para a receita da cervejaria norte-americana que leva pimentas Chipotle na composição. A cerveja até é interessante. O recipiente, porém, parece mais com aqueles destinados a margaritas.
Ideal para: festas temáticas mexicanas ou para aquele sujeito fã dos anos 80 que já se interessou pelo coquinho acima.
3) DIABOLICI
Taça da Diabolici: é para lavar só a parte de vidro, hein? (Foto: Felipe Rau/Estadão)
A avaliação do Ratebeer para a cerveja não me animou muito a comprá-la, mas o desenho da garrafa e, principalmente, do copo são bastante chamativos.
Ideal para: pessoas sem tendências desastradas (a “ampola” de vidro desliza com facilidade), fãs da temática medieval ou colecionadores de itens diabólicos.
4) DIVINA WEISS
Copos da Divina Weiss: meu garoto, meu pai pai (Foto: Felipe Rau/Estadão)
Despejar o fermento do fundo da garrafa no copo ou deixar dois dedos de líquido na garrafa? A dúvida vem à mente no caso de algumas cervejas belgas – há casos em que há recomendação direta no rótulo para que a levedura do final não seja misturada. A Hopus, por exemplo, colocou no mercado um copinho para ser levado à mesa ao lado do recipiente “original”. Assim, o fundo da garrafa é despejado nesse copinho e fica a cargo do degustador ingeri-lo ou não. A Divina Weiss, cerveja de trigo que leva guaraná na composição, usou o mesmo conceito. O copinho no formato de “joão bobo” escolta a versão grande para receber a parte mais turva do líquido. Mas não se empolgue a ponto de dar um peteleco no copinho; ele não vai voltar e você tende a molhar a mesa.
Ideal para: quem não é fã de leveduras no fundo da garrafa ou está à mesa com um amigo e quer fazer piadas (de gosto duvidoso) sobre o quanto cada um vai tomar da cerveja. Algo como: “Você, que está de regime, vai ficar com o copinho!”
5) KWAK
O copo da Kwak com base de madeira: quero ver conduzir uma carruagem após alguns destes… (Foto: Felipe Rau/Estadão)
O mais clássico dos exóticos. Reza a lenda que ele foi criado por um dono de taberna para atender os condutores de carruagem que não podiam entrar e tomar sua cervejinha – falta de vagas em Zona Azul ou a obrigação de esperar a “madame” e o “doutor” na porta? As carruagens tinham suportes parecidos com este de madeira de foto acima para segurar os copos. Bom caso de coincidência entre bom recipiente e boa cerveja.
Ideal para: fãs da cerveja belga, condutores de carruagem – os que ficam em cima dela – ou artistas organizadores de corrida de carruagem na Marginal do Rio Pinheiros. Também pode ser tomada vendo o filme “Carruagens de Fogo”. Alguma outra ideia envolvendo carruagens?
6) DADO BIER ILEX
A cuida da Dado Bier Ilex: mas não é para meter a bomba, tchê! (Foto: Roberto Fonseca/Arquivo Pessoal)
Um pecado mortal ter esquecido deste bravo concorrente a copo mais exótico, ainda mais porque eu o tinha na minha cristaleira. Antes que eu seja impedido de entrar no Rio Grande do Sul, ou pior, no Bierkeller, corrijo esta falha. Trata-se da cuia de vidro, similar à de chimarrão, criada para a Dado Bier Ilex, uma lager que leva, adivinhem? Sim, erva-mate.
Ideal para: gaudérios em geral (no sentido regional do Rio Grande do Sul, hein?) e fãs de copos com couro, como o da Grozet Gooseberry & Wheat Ale, da Williams Brothers (Escócia).