Friday, November 30, 2012

Copos de Cerveja: uma seleção de exóticos!

Confiram uma seleção de 6 copos estranhos feita por Roberto Fonseca e publicado no Blog do Bob do Estadão.com

1) MONGOZO COCONUT

O “copo” da Mongozo. Com dois, dá até para tirar um sonzinho (Foto: Felipe Rau/Estadão)

OK, a Mongozo Coconut, que, como sugere o nome, leva coco na composição, é bem “exótica” – a presença do ingrediente pesou demais na receita. Mas não dá para negar que o coquinho chama atenção na mesa ao lado. Ainda tem uma base de fibras trançadas para sustentá-lo. Não sei bem como deve ser feita a higienização do recipiente.

Ideal para: quem aprecia exotismo ou festas temáticas dos anos 80.


2) ROGUE CHIPOTLE

A taça da Rogue Chipotle. Calma que não é peiote (Foto: Felipe Rau/Estadão)

Taça “temática” para a receita da cervejaria norte-americana que leva pimentas Chipotle na composição. A cerveja até é interessante. O recipiente, porém, parece mais com aqueles destinados a margaritas.

Ideal para: festas temáticas mexicanas ou para aquele sujeito fã dos anos 80 que já se interessou pelo coquinho acima.


3) DIABOLICI
Taça da Diabolici: é para lavar só a parte de vidro, hein? (Foto: Felipe Rau/Estadão)

A avaliação do Ratebeer para a cerveja não me animou muito a comprá-la, mas o desenho da garrafa e, principalmente, do copo são bastante chamativos.

Ideal para: pessoas sem tendências desastradas (a “ampola” de vidro desliza com facilidade), fãs da temática medieval ou colecionadores de itens diabólicos.


4) DIVINA WEISS
Copos da Divina Weiss: meu garoto, meu pai pai (Foto: Felipe Rau/Estadão)

Despejar o fermento do fundo da garrafa no copo ou deixar dois dedos de líquido na garrafa? A dúvida vem à mente no caso de algumas cervejas belgas – há casos em que há recomendação direta no rótulo para que a levedura do final não seja misturada. A Hopus, por exemplo, colocou no mercado um copinho para ser levado à mesa ao lado do recipiente “original”. Assim, o fundo da garrafa é despejado nesse copinho e fica a cargo do degustador ingeri-lo ou não. A Divina Weiss, cerveja de trigo que leva guaraná na composição, usou o mesmo conceito. O copinho no formato de “joão bobo” escolta a versão grande para receber a parte mais turva do líquido. Mas não se empolgue a ponto de dar um peteleco no copinho; ele não vai voltar e você tende a molhar a mesa.

Ideal para: quem não é fã de leveduras no fundo da garrafa ou está à mesa com um amigo e quer fazer piadas (de gosto duvidoso) sobre o quanto cada um vai tomar da cerveja. Algo como: “Você, que está de regime, vai ficar com o copinho!”


5) KWAK

O copo da Kwak com base de madeira: quero ver conduzir uma carruagem após alguns destes… (Foto: Felipe Rau/Estadão)

O mais clássico dos exóticos. Reza a lenda que ele foi criado por um dono de taberna para atender os condutores de carruagem que não podiam entrar e tomar sua cervejinha – falta de vagas em Zona Azul ou a obrigação de esperar a “madame” e o “doutor” na porta? As carruagens tinham suportes parecidos com este de madeira de foto acima para segurar os copos. Bom caso de coincidência entre bom recipiente e boa cerveja.

Ideal para: fãs da cerveja belga, condutores de carruagem – os que ficam em cima dela – ou artistas organizadores de corrida de carruagem na Marginal do Rio Pinheiros. Também pode ser tomada vendo o filme “Carruagens de Fogo”. Alguma outra ideia envolvendo carruagens?


6) DADO BIER ILEX

A cuida da Dado Bier Ilex: mas não é para meter a bomba, tchê! (Foto: Roberto Fonseca/Arquivo Pessoal)

Um pecado mortal ter esquecido deste bravo concorrente a copo mais exótico, ainda mais porque eu o tinha na minha cristaleira. Antes que eu seja impedido de entrar no Rio Grande do Sul, ou pior, no Bierkeller, corrijo esta falha. Trata-se da cuia de vidro, similar à de chimarrão, criada para a Dado Bier Ilex, uma lager que leva, adivinhem? Sim, erva-mate.

Ideal para: gaudérios em geral (no sentido regional do Rio Grande do Sul, hein?) e fãs de copos com couro, como o da Grozet Gooseberry & Wheat Ale, da Williams Brothers (Escócia).

Friday, November 23, 2012

Faz sentido uma fabricante de cervejas valer mais que uma petrolífera?

Por Por Felipe Moreno para Info Money

Ambev tem uma gestão extremamente eficiente e na petrolífera ocorre o contrário, acredita analista

SÃO PAULO - A Ambev passou a Petrobras em valor de mercado na última quinta-feira (22). Pela primeira vez, a companhia de bebidas supera a petrolífera e se torna a empresa mais valiosa do Brasil, com um valor de mercado de R$ 248,76 bilhões, contra R$ 247,20 bilhões da estatal no fechamento desta quarta-feira (21).

Embora a petrolífera tenha passado a companhia novamente no pregão seguinte, atingindo valor de mercado de R$ 251,10 bilhões contra R$ 247,71 da fabricante de cervejas, esse movimento gerou uma dúvida em diversas pessoas: faz sentido uma companhia que fabrica cervejas pode valer mais que um colosso do petróleo? "Se você olhar o business, não faz sentido nenhum, é um paradoxo muito grande", afirma Carlos Müller, analista da Geral Investimentos.

O próprio analista, porém, ressalta que é a diferença de management que garante essa mudança. "Mas faz sentido na medida em que a Ambev tem uma gestão muito mais qualificada", diz. A diferença portanto, reside nos dois grupos que controlam as companhias: os ex-banqueiros do Garantia, Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles de um lado e o governo brasileiro de outro.

"Toda essa ingerência do governo, toda essa politicagem por trás da Petrobras, o mercado penaliza, ainda mais no cenário de incertezas que a gente tem hoje", avalia.

Crescimento é importante
O mercado olha principalmente para os resultados das companhias. Nesse cenário, importante ressaltar que o lucro da fabricante de cervejas foi a metade do da petrolífera: R$ 5,56 bilhões da Petrobras contra R$ 2,50 bilhões da Ambev. Mas se comparados com o mesmo período do ano passado, percebe-se o que o mercado está olhando: enquanto a Petro viu o lucro cair 12,14%, enquanto a Ambev elevou em 52,46% os seus ganhos.

"É uma empresa que proporcionalmente gera mais resultado, e a Petrobras tem reduzido seus ganhos", afirma o analista. Se as coisas caminharem como estão andando, Müller acredita que não tardará para que a Ambev apresente ganhos maiores que a Petrobras.

É possível lembrar que enquanto a petrolífera é um colosso há décadas, a Ambev, hoje parte da líder mundial InBev, era apenas uma das empresas que disputavam a liderança do mercado nacional quando os banqueiros a assumiram. Desde então, a companhia original, a Brahma, fez uma série de fusões e aquisições até se tornar a maior produtora de cerveja do mundo.

Governo é um obstáculo?
Para Müller, o culpado dessa variação é a politicagem do governo - que mesmo se for de interesse da economia brasileira, conflita com o interesse dos acionistas. "Muitos setores estão sendo prejudicados pelo governo e o mercado vai fugir das empresas que correm esse risco, que é o caso da estatal", avalia.

Para ele, existe uma lógica bastante clara sobre esse movimento: os investidores deixam os papéis da Petrobras, empresa cheia de incertezas, e compram os da Ambev. "A Ambev tem uma gestão extremamente eficiente; a Petrobras é exatamente o oposto", diz. "E o mercado paga um prêmio por empresas como a fabricante de cervejas", avalia.

Enquanto o governo de Dilma Rousseff estiver utilizando a Petrobras para estimular a economia nacional e controlar a inflação, essa situação deve perdurar. Mesmo assim, o grande mérito pertence à fabricante de cervejas, que provou que pode, sim, se tornar a empresa mais valiosa do Brasil ao passar a petrolífera.

Monday, November 19, 2012

Estamos literalmente no Ar

Confira a matéria da revista de bordo da Gol, Linhas Aéreas. Foi muito bem escrita por Cacá Amadei com fotos de Claus Lehmann. Publicamos aqui o texto completo com apenas algumas fotos. Para ler, clique sobre o texto abaixo e boa leitura!

Thursday, November 8, 2012

Hoje é o dia da cerveja Stout

Pint característico da cerveja Guinness, uma dry stout.

Um brinde a esse estilo "forte" de cerveja! 

As suas variações são: Irish Stout, Imperial Stout, Dry Stout, Oatmeal Stout (com aveia), Chocolate Stout, Coffee Stout, Oyster Stout (com ostras) e a Porter, embora esta última possa ser classificado como um estilo diferente.

O copo ideal vai do tradicional Pint, indicado para uma Dry Stout, as taças tipo Sniffer, mais indicadas para variações mais alcoólica, como uma Russian Imperial Stout.

O Sniffer é o mais parecido com uma taça de conhaque, ideal para capturar os aromas de cervejas fortes.

Mineiros criam a primeira cerveja de cana do mundo

Cervejaria Wäls vai incluir tradicional ingrediente da cachaça no processo de fabricação da bebida; primeiro lote terá apenas 2 mil litros à venda

Fonte: Klinger Portella - iG São Paulo
Divulgação: José Felipe e o irmão Tiago Carneiro, proprietários da Wäls

Terceira bebida mais popular do mundo - atrás apenas da água e do chá -, a cerveja vai ganhar uma cara tradicionalmente brasileira. Neste sábado, a cervejaria mineira Wäls, comandada pelos irmãos José Felipe Carneiro, 25, e Tiago Carneiro, 29, vai dar um toque tupiniquim à popular fórmula de água, malte de cevada, lúpulo e levedura, e acrescentar cana-de-açúcar na produção da “gelada”. É a primeira tentativa no mundo de inserir a matéria-prima da cachaça no processo de fermentação da cerveja.

O primeiro lote da produção da cerveja de cana, que chegará ao mercado com o nome de Saison de Caipira, estará sob a responsabilidade de uma das maiores autoridades na bebida do mundo. Garrett Oliver, da norte-americana Brooklyn Brewery, desembarca em Belo Horizonte no sábado para dar o pontapé inicial na produção da "cerveja mais brasileira de todas".

Mas o lote inicial será apreciado por poucos. Segundo José Felipe Carneiro, responsável pelo departamento de produção da Wäls, serão fabricados apenas 2 mil litros da fina cerveja de cana. “Aqui, nós não fazemos cerveja. Fazemos obra de arte”, diz José Felipe.

A projeção é de que a garrafa de 375 ml chegue ao consumidor final em dezembro, com o preço de R$ 18. A Saison de Caipira estará à venda nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Distrito Federal e na cidade de Goiânia.

Mas, para quem perder não der nem um gole nos 2 mil litros iniciais, a Wäls tem um alento. Passado o primeiro lote, a cervejaria mineira pretende manter a Saison de Caipira no portfólio, com uma produção de até 20 mil litros por ano. A Wäls estuda, inclusive, a possibilidade de exportar a cerveja de cana.

No gosto "gringo"

Para o sommelier de cervejas André Cancegliero, organizador do Beer Experience, a Saison de Caipira tende a cair no gosto, principalmente, dos norte-americanos. "Eles gostam dessas adições bem diferentes."

No mercado brasileiro, o especialista enxerga uma oportunidade para a cerveja de cana, mas diz que é "muito difícil acertar a mão" no primeiro lote de produção. "Será uma cerveja bem forte, bem doce", acredita.

"É uma cerveja de experimentação. Ninguém vai sentar no bar para tomar uma caixa dela", completa.

Produção à mineira

Para dar à cerveja o toque mais brasileiro da cachaça, a Wäls fechou uma parceria com o grupo mineiro Vale Verde, responsável pela produção de uma das cachaças mais tradicionais do país. Eles fornecerão à cervejaria um lote de cana-de-açúcar especial, com um dos melhores “brix” do mercado. O “brix” é um índice que mede o teor de sacarose da cana, que, no caso da Vale Verde, chega a 23%.

É este açúcar da cana da Vale Verde que será utilizado no processo de fermentação do caldo da Saison de Caipira. Para completar o caráter nobre da cerveja, Garrett Oliver promete trazer dos Estados Unidos um fermento especial utilizado nas bebidas da Brooklyn para dar o seu toque especial à cerveja de cana.

Segundo José Felipe, a Wäls investiu R$ 80 mil na produção do primeiro lote da bebida. Até o processo de moagem da cana será diferenciado. A cervejaria comprou um moedor de cana especial que será utilizado somente para a fabricação da cerveja. No primeiro lote, a Vale Verde vai fornecer 1 tonelada de cana para a Wäls. “A ideia é que essa cana se transforme em aproximadamente 400 litros de caldo.”

Esse caldo nobre será utilizado no processo de fermentação da cerveja. José Felipe explica que a bebida será no estilo Saison, típico do interior da Bélgica, que dá uma “certa liberdade” na manipulação dos ingredientes. As cervejas do tipo Saison tem aromas frutados, leve acidez e alta carbonatação.

O resultado da primeira cerveja de cana, claro, ainda é uma incógnita. Mas a expectativa é grande. “Esperamos um aroma muito frutado”, diz José Felipe. Mas, apesar do toque doce do caldo-de-cana, o teor alcoólico da Saison de Caipira deverá ficar entre 6% e 8%, acima dos 4% da cerveja tradicional.

Como, nas palavras de José Felipe, os lotes de cervejas finas da Wäls “evaporam em uma semana”, vale a recomendação: aprecie com moderação.